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Mais um reator de fusão nuclear bate recorde de energia, desta vez na Inglaterra

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Fevereiro de 2022 às 16h50

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Wikimedia Commons
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Um novo experimento de fusão nuclear conseguiu estabelecer mais um recorde de produção de energia. O Joint European Torus (JET), construído na Inglaterra, produziu 59 megajoules de energia, mais ou menos a mesma de energia liberada por uma explosão de 14 kg de TNT.

Os reatores de fusão nuclear são a grande promessa para a produção de uma energia limpa, mas os cientistas ainda não conseguiram produzir mais energia do que aquela necessária para aquecer o combustível a ponto de fundir os núcleos de seus átomos.

A fusão de átomos libera uma quantidade maior de energia, em comparação com combustíveis fósseis. Para se ter uma ideia da eficácia, uma bola de hidrogênio do tamanho de um abacaxi oferece tanta energia quanto 10.000 toneladas de carvão.

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Esse é o mesmo tipo de processo que ocorre nas estrelas, e é da fuão nuclear que elas tiram energia para brilhar por bilhões de anos. Mas não é fácil fazer isso em nosso planeta, onde não existe pressão o suficiente sobre os átomos. Para isso, os cientistas precisam construir equipamentos engenhosos — os reatores.

Existem diferentes tipos de reatores de fusão nuclear, como o Tokamak, usado na China e na Coreia do Sul, e o stellarator, utilizado na Alemanha. Todos eles estão em fase experimental, assim como o JET, e cada um estabelece novos recordes a cada ano.

Novo recorde de fusão nuclear

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O JET começou suas operações 1983 e agora usa isótopos de hidrogênio, chamados deutério e trítio, como combustível. Esses elementos possuem partículas a mais em seus núcleos atômicos e são considerados os mais viáveis para produção de energia nuclear superior à energia utilizada para dar início ao processo.

Entretanto, existem vários desafios para a fusão nuclear desses isótopos, como a necessidade de criar uma blindagem especial. É que a fusão deutério-trítio pode gerar quantidades perigosas de nêutrons de alta energia, cada um movendo-se a 17,3% da velocidade da luz.

Assim, os novos experimentos trocaram o revestimento anterior de carbono por uma mistura de berílio e tungstênio. Esta nova parede é mais resistente às tensões da fusão nuclear e também se apega a menos hidrogênio do que o carbono.

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Outro problema é o trítio ser radioativo e requerer manuseio especial, além de ser bastante raro. Por enquanto, o trítio é produzido em reatores de fissão nuclear, mas futuras usinas de fusão poderão emitir nêutrons para gerar seu próprio combustível de trítio.

Fonte: Space.com