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Fóssil do Espinossauro prova que este dinossauro nadava e até caçava no mar

Por| 05 de Maio de 2020 às 11h17

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National Geographic
National Geographic

Na última segunda-feira (4), pesquisadores revelaram uma descoberta incrível envolvendo o maior dinossauro predador já conhecido — o Espinossauro —, após estudos feitos em parceria com a National Geographic Society. A equipe de paleontólogos revelou que o dinossauro terópode terrestre também era aquático, e que a sua cauda era essencial na caça de suas presas, devido à sua estrutura que provocava a propulsão do corpo no momento de nadar.

Nizar Ibrahim, principal pesquisador do estudo, revelou que o Espinossauro, ou Spinosaurus, era "basicamente um dinossauro tentando desenvolver um rabo de peixe". A descoberta foi feita com base em estudos multidisciplinares do último esqueleto da criatura existente no mundo, encontrado na região de Kem Kem, no Saara Marroquino.

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Descobertas anteriores, feitas ainda em 2014 pela equipe de Ibrahim, mostraram que o Espinossauro tinha cerca de 16 metros de comprimento e aproximadamente sete toneladas, sendo então maior que um Tiranossauro Rex adulto. No mesmo ano, os pesquisadores argumentaram que a criatura seria o primeiro dinossauro semiaquático confirmado, mas muitos questionaram essa hipótese. Entre os anos de 2015 e 2019, paleontólogos conseguiram recuperar fósseis do esqueleto do dinossauro, incluindo uma cauda completa semelhante a uma barbatana, o que possibilitava o seu movimento.

De acordo com os pesquisadores, a cauda é considerada a adaptação aquática mais extrema já encontrada de um dinossauro de grande porte. A cauda conta com estruturas delicadas vinculadas à várias vértebras, medindo quase 60 cm de comprimento, e possui protuberâncias ósseas em sua ponta, que garantem o formato ondulado para o impulso na água. Graças à cauda, o Espinossauro era capaz de percorrer o ecossistema fluvial na caça de peixes enormes.

Ele viveu no período Cretáceo, há cerca de 95 e 100 milhões de anos, quando vários répteis evoluíram para se adaptar em ambientes marinhos, como os Ictiossauros, que eram criaturas que pareciam golfinhos, e os Plessiossauros com seus pescoços longos. Com a descoberta, os pesquisadores sustentam a hipótese de o Espinossauro não viver só na costa, como se movimentar perfeitamente dentro da água. "Esta cauda não deixa dúvidas. Esse dinossauro nadava", disse Samir Zouhri, um dos membros da equipe de Ibrahim.

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O estudo foi publicado na revista acadêmica Nature e está disponível para consulta online.

Fonte: National Geographic