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Nova espécie de dinossauro predador "raptor" é encontrada no Novo México

Por| 31 de Março de 2020 às 15h20

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Sergey Krasovskiy
Sergey Krasovskiy

Uma nova espécie de dinossauro acaba de ser encontrada no Novo México pelo paleontólogo Steven Jasinski, do Museu Estadual da Pensilvânia, e sua equipe. A descoberta aconteceu na Bacia de San Juan, na Formação Ojo Alamo, em uma camada de sedimentos do período cretáceo de cerca de 70 milhões de anos atrás.

O dinossauro é uma nova espécie de dromeossaurídeo, conhecido também como raptor, e recebeu o nome de dineobellator. Da cabeça até a ponta da cauda, ele media cerca de dois metros de comprimento, aproximadamente um metro de altura e pode ter pesado entre 18 e 22 quilos, classificado pelos especialistas como de porte médio.

Caçando sozinhos, eram capazes de derrubar pequenas presas, mas quando em grupo podem ter conseguido caçar outros dinossauros ainda maiores. Possuíam três garras em cada pé, penas e ossos ocos, pertencendo ainda à subfamília chamada velociraptorinae, a mesma dos famosos velociraptors. Foram 20 elementos fósseis identificados do dineobellator, incluindo partes das mãos, pés, cauda e membros anteriores.

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O que faz a nova ser descoberta ser semelhante ao velociraptor são os ossos da parte de cima dos braços, mãos, garras e vértebras próximas à base da cauda, além de características da caixa craniana, dentes e ossos dos pés e parte de cima das pernas. A sua longa cauda pode ter servido como um leme de barco, controlando o equilíbrio do dinossauro enquanto ele corria para caçar.

De acordo com o líder do grupo que descobriu o novo dinossauro, suas características também indicam que ele pode ter sido um excelente predador de perseguição, com a sua cauda o tornando bastante ágil. O paleontólogo compara os movimentos do dineobellator com os de um guepardo, que mantém a cauda ereta enquanto faz movimentos para os dois lados em busca do equilíbrio. No caso dos parentes do novo dinossauro, a cauda seguia reta junto com o restante do corpo.

Carnívoro, o dineobellator caçava sozinho ou em grupo, pulando em cima da vítima para matá-la. A região em que foi encontrado, ao noroeste do Novo México, consistia em várzea aquecida em várias áreas abertas e próxima de florestas. Faziam companhia ao dinossauro, espécies como tiranossauros, hadrossauros, oviráptor e troodontes, além de animais como tartarugas, crocodilos, pequenos pássaros e mamíferos.

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O predador foi encontrado com algumas lesões, como uma costela fraturada e curada, que sugere uma vida de bastante luta, literalmente, com outros carnívoros. O paleontólogo conta também que uma lesão nas garras pode indicar uma briga entre dois dineobellators, mostrando que o predador tinha uma vida movimentada, usando muito de sua agilidade e rapidez.

Jasinski afirma que o novo fóssil é uma evidência de que os dromeossaurídeos continuaram se adaptando às mudanças do seu habitat, evoluindo no final do cretáceo na América do Norte, alguns milhões de anos antes da extinção, sendo essenciais no ecossistema.

Fonte: Gizmodo