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Estudo com arte abstrata confirma conceito: ‘a obra é concluída pelo observador’

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Reprodução/Freepik
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Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, desenvolveram um estudo com o intuito de compreender como o cérebro age na interpretação da arte abstrata. Os resultados foram publicados no início de abril na revista científica PNAS. 

Os cientistas afirmam que são as emoções e as memórias pessoais de cada espectador que dão significados a obras abstratas. Os especialistas ressaltam que análises finais corroboram com o conceito de “Beholder's Share” ("a parte do observador", em tradução livre), que aponta que cada espectador contribui individualmente para a interpretação da arte, superando as intenções do artista durante a produção. 

“O experimento fornece evidências científicas de que a visualização e a interpretação de arte abstrata dependem de experiências e memórias pessoais, não apenas em teoria, mas também em padrões de atividade cerebral”, destaca Daphna Shohamy, coautora do estudo e CEO do Instituto Zuckerman da Universidade de Columbia, em comunicado divulgado pela instituição.

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Método do estudo

Para chegar aos resultados, os cientistas mediram a atividade cerebral de 59 pessoas enquanto elas viam obras abstratas e realistas. A técnica utilizada é chamada ressonância magnética funcional (fMRI), e consiste em visualizar como diferentes áreas cerebrais atuam durante tarefas específicas.

As principais diferenças na interpretação de cada um em relação às artes foram notadas na rede de modo padrão, região cerebral relacionada à imaginação, busca de memória e pensamento autorreferencial. 

A rede de modo padrão é considerada uma região de instância superior no cérebro, de suma importância para a experiência subjetiva de cada indivíduo. Já no córtex visual, área que recebe as primeiras informações visuais, os pesquisadores identificaram que os participantes do estudo criaram percepções semelhantes das obras observadas.

Confira o estudo na íntegra na PNAS.

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Fonte: Universidade de Columbia