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Estudantes brasileiros ganham destaque e são premiados na ISEF 2018

Por| 18 de Maio de 2018 às 15h00

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Estudantes brasileiros ganham destaque e são premiados na ISEF 2018
Estudantes brasileiros ganham destaque e são premiados na ISEF 2018
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O ISEF (International Science and Engineering Fair, ou Feira Internacional de Ciências e Engenharia, em tradução livre) abriu as portas para os estudantes em Pittsburgh, nos Estados Unidos. Com quase dois mil participantes de escolas ao redor do mundo, 18 projetos de 25 estudantes brasileiros foram apresentados e seis deles foram premiados no primeiro dos dois dias de premiação.

Brasil entre os finalistas

O evento anual aconteceu na cidade de Pittsburgh, no estado americano da Pensilvânia, durante os dias 13 e 18 de maio deste ano. O objetivo é de dar visibilidade mundial para milhares de projetos de ciência e engenharia de estudantes que ainda não estão cursando o ensino superior. Ao todo, são 1.792 estudantes que são cadastrados em 420 feiras afiliadas, de 81 países - sendo que duas feiras são brasileiras.

Dentro deste montante de ideias e soluções para problemas do cotidiano, 18 projetos foram escolhidos de estudantes brasileiros, para avaliação de um júri formado por profissionais com ph.D ou graduação semelhante. A lista de jurados inclui empresas que patrocinam o evento, agências governamentais de diversos países e até mesmo nomes de peso como a marinha dos Estados Unidos, Oracle, NASA e Intel.

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Os destaques brasileiros ficam para Amanda Kakuno, que criou uma forma de desenvolver a enzima lactase com base em uma levedura que consome o soro do leite, barateando o custo para produção de alimentos para pessoas com alguma intolerância à lactose. Isabela dos Reis, com seu projeto que com um simples reagente, detecta a presença de benzodiazepínicos (conhecido popularmente como “boa noite Cinderela”) em bebidas.

Já Juliana Estradioto utilizou um subproduto do maracujá para remover até 97% de corante presente em água, com a promessa de ser uma resposta para a contaminação de rios e afluentes próximos de locais onde há indústria têxtil presente.

Vencedores brasileiros

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Dos 18 projetos que foram apresentados por estudantes brasileiros, cinco foram escolhidos como vencedores em suas categorias no primeiro dia de premiação. Isabela foi a primeira vencedora da delegação brasileira, levando prêmio em dinheiro para a pesquisa. Depois dela, Caio Vinicius Lima de Souza também foi escolhido, com seu projeto que dessaliniza água do mar e gera energia elétrica ao mesmo tempo, com capacidade de gerar quase que um litro de água potável em um dia de sol – em um dessalinizador com 50 centímetros quadrados.

Gabriel Negrão de Moraes foi o seguinte da cerimônia e que também levou o prêmio para o Brasil. Seu projeto tem como objetivo a síntese química com catalisadores sustentáveis. Juliana Estradioto também foi uma das vencedoras e Myllena Cristyna foi a única da equipe de estudantes que conseguiu dois prêmios, de duas universidades do Arizona e que contemplam bolsa integral de estudos para todo o curso escolhido, junto de ajuda financeira para seu projeto.

O projeto apresentado por Myllena recicla o isopor e transforma o produto em um cristal liso e que é capaz de repelir líquidos. Após esta transformação, outra reação química cria outro cristal (agora poroso) que consegue absorver petróleo, para que com a posterior adição de uma bactéria o material seja degradado em um prazo de sete meses – contra 150 anos para a degradação natural do isopor no meio ambiente.

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Menções honrosas

Além destes projetos, dois chamaram atenção por trabalhem mais próximos com área tecnológica. O primeiro é de Pedro Henrique Capp Kopper, que criou um pequeno drone autônomo que tem como objetivo mapear áreas com sensores de proximidade e posicionamento visual, para que um programa no computador crie uma planta tridimensional sobre o local. O projeto trabalha em voo de ambiente fechado, sem utilizar GPS ou qualquer outro sistema de rádio para localização.

Além deste, Gabriel Checcinato elaborou um dispenser de água autônomo. Seu projeto utiliza infravermelho na lateral do dispenser para entender a altura do copo, junto de ultra som na parte superior para entender quanto de água chegou perto da altura do recipiente. De forma automática, o copo começa a receber a água (ou qualquer outro líquido, como suco, refrigerante, cerveja…) e para sozinho. O objetivo é de diminuir desperdício de água ao eliminar derramamento, junto de ajudar aos cegos, que contam com avisos sonoros quando o copo é inserido corretamente no local e outro, quando o copo já está cheio.

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Todos os projetos ainda estão em fase acadêmica, sem produção em massa ou parceria fixa para que a produção comece em curto prazo. Todos os custos da viagem para apresentar os projetos são bancados pela Intel, que é quem organiza a feira mundial.

O jornalista viajou para Pittsburgh, na Pensilvânia, a convite da Intel.