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Essa formação vista no Google Earth não é um objeto alienígena. Entenda!

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Março de 2022 às 11h32

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Reprodução/Google Earth
Reprodução/Google Earth

Uma formação circular observada no Oceano Pacífico através do Google Earth, próximo à costa do Peru, tem chamado a atenção das pessoas, com alguns afirmando que aquilo seria um objeto de origem alienígena. Mas, calma, existe uma explicação bem lógica por trás dessa e de outras formas singulares que aparecem nos mapas do Google — e não tem relação alguma com seres extraterrestres.

Tudo começou com Scott Waring, dono do blog UFO Sightings Daily, onde relata supostas provas da presença de alienígenas antigos aqui na Terra. Waring também analisa imagens da NASA e afirma já ter encontrado um macaco em Marte, além de um suposto corpo de 7,3 metros de altura de um monarca marciano que teria morrido em batalha há 1 milhão de anos.

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A formação circular está bem próxima às Linhas de Nazca, no Peru, um conjunto de enormes geoglifos. Essas formações foram construídas pela civilização Nazca há cerca de 2 mil anos, mas frequentemente são alvo de algumas conspirações, que insistem em afirmar que os alienígenas participaram do processo de sua criação.

O círculo observado no Google Earth tem 6,8 km de diâmetro e parece se erguer do fundo oceânico como um morro. Ele está a pelos menos 566 km da costa de Lima, no Peru. Mas se não tem nada a ver com alienígenas, o que explicaria essa forma peculiar?

Divergência de dados

A formação circular é, muito provavelmente, um “artefato de dado”. Para montar o mapa, o Google Earth usa variadas fontes de dados que mapeiam o fundo dos mares, cujas resoluções variam. Quando combinados, a divergência de resolução pode dar origem a essas formas intrigantes na imagem do mapa.

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Em 2016, os desenvolvedores da plataforma relataram essas peculiaridades de dados que, ocasionalmente, podem criar vales e objetos estranhos nas imagens.

O fundo oceânico, por exemplo, é mapeado pelo Scripps Institution of Oceanography, que usa a batimetria para ter uma noção dos relevos do oceano. Além desses, o Google usa dados de pesquisas realizadas com sonares em navios, os quais enviam pulsos de som ao fundo oceânico e, através do eco, montam um mapa em alta resolução. Quando os dados de satélites e dos sonares são combinados, eles podem não concordar em algum ponto.

O objeto supostamente alienígena, observado por Waring, encontra-se bem no meio de uma linha por onde um desses navios de pesquisa passou, então, a forma circular pode ser um efeito colateral dessa divergência de dados.

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Fonte: Google Earth Blog, Via Live Science