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"Dragão da morte", nova espécie de pterossauro é descoberta nos Andes argentinos

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Johnson Mortimer/CC-BY-3.0
Johnson Mortimer/CC-BY-3.0

Foi descoberta, na Argentina, uma nova espécie de pterossauro, nomeada Thanatosdrakon amaru pelos cientistas argentinos que encontraram os espécimes fossilizados. Os paleontólogos escavavam as montanhas dos Andes, na província de Mendoza, e dataram as rochas que abrigavam os bichos em 86 milhões de anos, no período Cretáceo.

O enorme pterossauro entra para o rol dos maiores vertebrados voadores do mundo. Dois espécimes foram identificados nos Andes, um cujas asas tinham a envergadura de aproximadamente 7 metros, e outro com cerca de 9 metros. Eles viveram cerca de 20 milhões de anos antes do impacto do asteroide chicxulub, na península de Yucatan, exterminar três quartos de toda a vida na terra, incluindo os dinossauros, há 66 milhões de anos.

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Dragão da morte

A família do novo pterossauro é a Azhdarchidae, sendo que os Thanatosdrakon se tornaram o táxon mais antigo do seu clado, o Quetzalcoatlinae. Algumas características únicas nos ossos do réptil permitiram que os pesquisadores notassem se tratar de uma espécie nova, e daí cunhou-se Thanatosdrakon — juntando a palavra grega para morte, thanatos, e dragão, drakon — com amaru, serpente mitológica da civilização inca.

A pesquisa foi publicada em abril, mas ainda será inclusa na edição de setembro da revista científica Cretaceous Research. A descoberta foi feita em uma região muito prolífica aos arqueólogos, a Bacia sedimentar de Neuquén, que alterna depósitos marinhos e continentais do Triássico superior e início do Cenozoico, indo do centro-oeste argentino até o leste do Chile.

Análises do tipo de solo no qual os fósseis foram encontrados sugere que a espécie habitava ambientes continentais, na época, a Gondwana, antes da formação da cordilheira dos Andes. De acordo com seu tamanho o Thanatosdrakon já pode ser considero o maior pterossauro já descoberto na América do Sul e um dos maiores do planeta.

Fonte: Cretaceous Research