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Domo de áudio engana seus ouvidos e faz você pensar que está em outro lugar

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Sonible GmbH
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Cientistas canadenses construíram um domo de som com mais de três metros de altura para imitar o som 3D de um ambiente com o máximo de fidelidade possível. Segundo os resultados da pesquisa, eles tiveram sucesso — o AudioDome simula a origem dos sons da maneira que foram gravados a ponto de fazer parecer que você os está ouvindo ao vivo, vindos do próprio domo.

Publicada na revista científica The Journal of the Acoustical Society of America, a pesquisa montou 91 alto-falantes e quatro subwoofers de canal duplo em um domo de 3,4 metros, posicionado em uma câmara à prova de som e de eco para garantir o máximo controle sobre o ambiente sonoro.

Tecnologia ambisônica e a simulação de som

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Os cientistas, da Universidade Western, no estado de Ontario, usaram a tecnologia ambisônica para criar o domo de som. Segundo eles, a tecnologia surround (em tradução livre, que “cerca” o espectador) já é antiga, mas pode ser criada por diferentes formas. Sons de canal único (SC) e posicionamento de amplitude baseados em vetor (VBAP), em geral, são utilizados para dar a experiência imersiva.

Nos sistemas SC, a apresentação da origem do som é limitada pela localização física de cada alto-falante. Nos VBAP, um trio de alto-falantes é manipulado para criar uma espécie de origem virtual do som. O posicionamento ambisônico, diferente destes, decompõe um ambiente 3D em uma série de funções matemáticas que descrevem a direção, pressão e velocidade de cada som, garantindo uma simulação sonora precisa.

O AudioDome, em particular, é um sistema de posicionamento ambisônico de nono grau, ou seja, possui 100 canais de som. Ele imita a origem de sons tão bem que o sistema auditivo humano não consegue diferenciar de sons naturais, e talvez em resolução até melhor do que a acuidade espacial dos nossos ouvidos. A sensação é de estar em outro ambiente, com sons de rua fazendo você pensar que está na rua, por exemplo.

O sistema, no entanto, tem limitações. Sons com frequências acima de 4 kHz, incluindo a fala humana, ficam distorcidos, como se fossem ouvidos através de um telefone. Mesmo assim, os cientistas acreditam que a tecnologia é um avanço importante para o estudo do processamento auditivo pelo cérebro humano e nossa percepção natural dos sons.

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Fonte: The Journal of the Acoustical Society of America