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COVID-19: RJ e SP podem estar próximos do colapso dos seus sistemas de saúde

Por| 22 de Abril de 2020 às 14h21

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Reuters
Reuters

Com uma curva ainda ascendente de casos do novo coronavírus (SARS-CoV-2), estados brasileiros já enfrentam sérios problemas nos seus respectivos sistemas de saúde para suprir a demanda por leitos para os picantes diagnosticados com a COVID-19, principalmente, no atendimento de casos graves da infecção respiratória.

Até o momento, as situações mais críticas se concentram no Norte e Nordeste. Amazonas (2.270 casos confirmados da COVID-19, fora os suspeitos), Ceará (3.716), Pará (1.026) e Pernambuco (2.908) estão muito próximos do colapso em seus sistemas de saúde, alcançado mais de 90% da capacidade de ocupação, devido a internações de pacientes com o novo coronavírus.

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No Sudeste, São Paulo e Rio janeiro, as duas unidades federativas com número recorde de mortes, também preocupam as autoridades de saúde. Só em São Paulo são mais de 14 mil casos da infecção pelo coronavírus, enquanto o Rio de Janeiro tem mais de quatro mil. 

Em um cenário sem medidas de contenção da COVID-19 e de piora da pandemia, a tendência será igual à da Europa, onde os profissionais da saúde precisarão decidir por quais casos irão atender nas Unidades de terapia intensiva (UTIs), porque a demanda será muito maior do que o disponível.

Rio de Janeiro e São Paulo em risco

Na segunda-feira (20), o sistema de saúde da cidade do Rio de Janeiro já está com 93,9% dos leitos de suas UTIs ocupados com pacientes com o novo coronavírus e, por isso, pode entrar em colapso no seu sistema nos próximos dias. Quem alerta sobre a situação é a Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) e o Ministério Público estadual (MPRJ) que ajuizaram uma ação coletiva para que medidas emergenciais sejam adotadas para a melhora desse cenário.

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Por enquanto menos afetado pela lotação, o estado de São Paulo estima que suas UTIs para pacientes com a COVID-19 estarão lotadas até maio desse ano, devido o avanço da pandemia. No entanto, os leitos emergenciais, instalados nos hospitais de campanha para evitar o colapso do sistema, devem segurar a situação até julho, alega a gestão do governador do estado, João Dória.

Segundo o estado, há 3,5 mil leitos de UTI na rede pública, somando vagas em unidades estaduais, municipais e filantrópicas. Na quarta-feira (16), eram 2.508 pacientes internados com sintomas da COVID-19, sendo 1.132 já com diagnóstico confirmado. Só que um dos casos mais graves é o do Instituto Emílio Ribas, na capital, onde todos os 30 leitos de UTI estão ocupados desde domingo (19).

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Por que o colapso?

O colapso de um sistema de saúde acontece quando não há mais estrutura física e nem profissionais de saúde para o atendimento de novos casos da COVID-19. Para essa pandemia, o principal desafio para as autoridades é o tempo de incubação do coronavírus e de recuperação da COVID-19.

Bastante diferente das síndromes respiratórias comuns, como a influenza, a COVID-19 pode manter um paciente em estado grave por mais de 14 dias dentro de uma UTI, sem que ele venha a óbito (mas usando os respiradores, por exemplo). Por isso, a preocupação tão grande com os números de eleitos disponíveis para os pacientes contaminados, ainda mais em um cenário onde a tendência, ao menos por enquanto, é o alastramento da pandemia.

Fonte: Agência BrasilExame e Correio Braziliense