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Conheça Horridus, um dos mais completos fósseis de tricerátops

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Março de 2022 às 21h00

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Museums Victoria/Reprodução
Museums Victoria/Reprodução

Morto há 67 milhões de anos, o ilustre tricerátops Horridus, cujo apelido deriva de seu nome científico — Triceratops horridus —, é, na verdade, estadunidense. Quer dizer, ele foi encontrado no que hoje é o estado de Montana, no noroeste dos Estados Unidos. Ele estava em meio a terras privadas, e foi descoberto apenas em 2014.

O espécime foi adquirido em 2020 pela organização australiana Museums Victoria, que opera três museus estaduais em Melbourne, no sudeste do país. No último dia 12 de março, ele virou o centro de uma nova exibição no Museu de Melbourne, chamada "Triceratops: O Destino dos Dinossauros".

Horridus, como todos os exemplares de sua espécie, foi um herbívoro que viveu no período Cretáceo, entre 145 e 66 milhões de anos atrás, e chegou a ter mais de uma tonelada, 7 metros de comprimento e dois metros de altura. O fóssil deixado por ele é um dos mais completos do mundo, cerca de 85%, sendo que o crânio está 98% completo. O folho ósseo do pescoço tem 1,5 metros, e o crânio em si pesa 261 quilos.

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Transporte e preparação

O dinossauro imigrante chegou a Melbourne em oito caixas separadas — e a equipe do museu comenta que algumas delas chegavam a ter o tamanho aproximado de um carro. Os pedaços fósseis foram medidos, catalogados e escaneados em 3D, e só então montados em um esqueleto completo para a exibição.

A maior parte dos esqueletos da espécie montados pelo mundo é composta por vários indivíduos, mas Horridus é uma exceção: junto com ele, há apenas um punhado de tricerátops montados a partir de uma única ossada por aí. A palavra é de Erich Fitzgerald, curador sênior de paleontologia vertebrada do Museums Victoria.

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Ele disse, ainda em 2020, que Horridus é a Pedra de Rosetta para o entendimento dos tricerátops. Além do crânio, a coluna vertebral do fóssil também está inteira, o que ajuda muito nas análises e na solução dos mistérios envolvendo a espécie.

Os cientistas não sabem dizer se a ossada pertenceu a um macho ou fêmea, mas há muito que eles podem aprender em termos evolutivos, biológicos e comportamentais, disse Fitzgerald. O curador ainda afirmou que ter o esqueleto no Museu de Melbourne é "disponibilizar o notável fóssil ao acesso da ciência para as gerações vindouras".

Horridus está em um salão com projetores iluminando sua ossada no museu, onde é possível visitá-lo em sua exposição permanente. Caso a passagem para a Austrália esteja muito cara, você pode ter um gostinho do gigantesco fóssil acessando um modelo 3D interativo no site oficial do Museu de Melbourne.

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Fonte: Live Science