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Cientistas encontram fósseis do último panda gigante europeu conhecido

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Agosto de 2022 às 13h10

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 Pascal Müller/Unsplash
Pascal Müller/Unsplash

Em artigo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology no último domingo (31), cientistas descreveram a descoberta do último panda gigante europeu conhecido. Para chegar a essa nova informação, o grupo precisou remontar à Bulgária de cerca de seis milhões de anos atrás, através de fósseis presentes no Museu Nacional de História Natural do país.

Embora não seja um ancestral direto do gênero moderno do panda gigante, os pesquisadores ressaltam, no artigo, que se trata de um parente próximo. A descoberta indica quão pouco a ciência ainda tem conhecimento sobre a natureza antiga, e demonstra também que descobertas históricas em paleontologia podem levar a resultados inesperados, ainda hoje em dia.

Ao analisar os dentes do animal, os autores do estudo concluíram que a espécie provavelmente consumiu uma dieta amplamente vegetariana - mas não puramente dependente de bambu, uma vez que os dentes não parecem fortes o suficiente para esmagá-los.

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Em vez disso, a teoria é que essa espécie de panda provavelmente se alimentou de vegetais mais macios. A análise dos fósseis e do cenário onde eles foram encontrados permitiu afirmar que o panda habitava regiões florestais e pantanosas.

“A provável competição com outras espécies, especialmente carnívoros e presumivelmente outros ursos, explica a especialização alimentar mais próxima dos pandas gigantes aos alimentos vegetais em condições de floresta úmida”, estimam os pesquisadores.

O artigo especula que os dentes forneceram ampla defesa contra predadores. Além disso, os caninos são comparáveis ​​em tamanho aos do panda moderno, sugerindo que pertenciam a um animal de tamanho semelhante ou apenas um pouco menor.

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A conclusão dos autores é que o último panda gigante europeu conhecido pode ter se extinguido como resultado das mudanças climáticas, principalmente no contexto em que a bacia do Mediterrâneo secou.

Fonte: Journal of Vertebrate Paleontology via Phys.org