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Cientistas descobrem fungo inédito na Antártida

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Outubro de 2022 às 09h25

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Wirestock/Freepik
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Cientistas detectaram um fungo inédito na Antártida, descrito em um novo etudo publicado na revista Emerging Infectious Diseases (EID journal), promovida pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Trata-se do responsável pela histoplasmose, doença que impacta os pulmões e pode ser mortal.

A histoplasmose tem maior prevalência nas Américas e dificilmente marca presença em áreas de clima frio. Com isso, a detecção do fungo Histoplasma sp. na Antártida faz com que os pesquisadores questionem quando aconteceu a sua chegada e se isso tem alguma relação com as mudanças climáticas.

Uma das teorias aprsentadas é que o fungo pode ter sido levado por aves ou outros animais recentemente. No entanto, os próprios pesquisadores ponderam que o fungo pode estar lá desde a separação dos continentes, e se adaptou às mudanças climáticas sofridas pelo continente, considerando que a Antártida antes era uma região tropical.

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Logo, ainda é um mistério: a presença deste fungo na Antártida pode datar de milhares de anos, com o impacto das alterações climáticas colaborando para o aumento das áreas sem cobertura de gelo e expondo solos até então congelados.

As moléculas foram detectadas no solo e nas fezes de pinguins na Península Potter, localizada no arquipélago das Shetland do Sul, e o DNA foi sequenciado nos laboratórios da Fiocruz, permitindo a identificação de linhagens semelhantes às latino-americanas.

“Essa descoberta reforça a importância da nossa presença na Antártida. A ideia do projeto desde o início era fazer a vigilância de agentes etiológicos no continente, conseguir identificar organismos patogênicos novos ou já conhecidos e monitorar a dispersão desses patógenos pelo mundo”, apontam os pesquisadores, em entrevista à Agência Fiocruz.

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“No que diz respeito às doenças fúngicas, a ideia do projeto é investigar todos os agentes etiológicos de micose sistêmica. Porque são agentes causadores de doenças de grande impacto na saúde pública, principalmente no Brasil. É objetivo também do nosso projeto entender como a Antártida influencia a saúde pública do Brasil. Encontrar esse fungo que existe aqui e lá é um forte indício de que estudos de monitoramento precisam ser realizados de forma constante”, finalizam os autores do estudo.

Fonte: CDC via Fiocruz