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Arqueólogos encontram túmulo de 6 mil anos cheio de anéis de ouro na Romênia

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Agosto de 2022 às 20h40

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Muzeul Ţării Crişurilor/Facebook
Muzeul Ţării Crişurilor/Facebook

Arqueólogos romenos encontraram o túmulo de uma mulher da Idade do Cobre enterrada com uma coleção de 170 joias de ouro, 800 contas de osso e uma pulseira de cobre. A escavação começou em 22 de março e terminou em 25 e junho, próxima à cidade de Biharia, na Romênia. A cultura à qual o achado pertence se chama Tiszapolgár, que dominou o sudeste europeu entre 4.500 a.C. e 4.000 a.C.

A divulgação foi feita pelo Museu Ţării Crişurilor, da cidade de Oradea, responsável pelos achados, no último sábado (13). É a primeira vez que tanto ouro é encontrado em um túmulo da Idade do Cobre, ao menos na Europa. Em coletiva de imprensa, os anéis foram exibidos como a descoberta principal, mas as contas de osso também foram mostradas.

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Riqueza inimaginável

Os achados incluem 169 anéis de ouro e duas contas feitas do mesmo metal, que, para a época do achado, é extremamente rico. O bracelete de cobre, por sua vez, estava dobrado em forma de espiral. Já as 800 contas de osso, todas polidas, já foram referenciadas como sendo de madrepérola.

Aos visitantes do museu, o tesouro será exibido apenas após a datação dos itens por radiocarbono, seguida por exames de DNA e pesquisa antropológica dos restos da mulher eneolítica. Os anéis, que juntos pesam cerca de 200 gramas e eram usados nos cabelos, estão sendo limpos em laboratório.

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De acordo com os cientistas, o ouro utilizado nos artefatos é e aluvião, ou seja, foi obtido através da lavagem de areia, e não cavado em minas subterrâneas. O diretor do Museu, Gabriel Moisa, explica o que torna a descoberta tão impressionante: o ouro, segundo ele, havia acabado de ser descoberto no Eneolítico (Idade do Cobre), e não existe mais na Europa Central e Oriental.

Todas as peças de ouro da Bacia dos Cárpatos totalizam cerca de 150 peças: só no inventário do túmulo de Biharia, no entanto, há 160 delas. Isso indica que mulher enterrada no local deveria ser extremamente rica. De acordo com Moisa, a cobiça pelo metal precioso mostra sua valorização pela sociedade da época. Além dos itens, a impressionante estatura e a boa condição dos dentes da mulher indicam uma posição alta no círculo social de sua época.

Pouco sabemos sobre o povo Tiszapolgár, o que aumenta a importância do achado, já que poderá nos dizer mais sobre seus costumes e práticas. A cultura dominou uma área considerável durante o Eneolítico, incluindo a Grande Planície Húngara, o Banato, a Transilvânia, o leste da Eslováquia e partes da Ucrânia. Seus túmulos costumam conter espadas, indicando um modo de via bem aguerrido.

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Fonte: Muzeul Ţării Crişurilor