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Brasil poderá ser líder no uso de biocombustíveis na aviação

Por| 14 de Setembro de 2012 às 13h45

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Empresa Verde
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Assim como foi pioneiro na utilização de biocombustíveis em automóveis, o Brasil está prestes a se tornar líder mundial na utilização de fontes renováveis de energia também na aviação civil. As informações são da Agência Fapesp.

No entanto, o país ainda terá um longo caminho a ser trilhado para a efetivação do uso de biocombustíveis de ordem científica, tecnológica, de produção agrícola, políticas entre outros. Ainda de acordo com a publicação, pesquisadores deverão unir seus esforços a diversos setores para a concretização do projeto.

Na última segunda-feira (11) foi aberta em Brasília a Conferência sobre Biocombustíveis na Aviação do Brasil que, entre sua programação normal, visa discutir a viabilidade técnica e financeira para a implantação de fontes renováveis em aviões. Além disso, os participantes também avaliarão os estágios das pesquisas com biocombustíveis no país que possam garantir a substituição do querosene em aviões.

Atualmente, o setor de aviação é responsável por dois por cento do total de emissão de gás carbônico na atmosfera - que colabora para o aumento do efeito estufa -, que deverá ser reduzido para menos da metade desse valor até o ano de 2050.

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Os fabricantes de aeronaves, por sua vez, estão voltando seus esforços para a construção de aviões e motores mais modernos capazes de otimizar o consumo de combustível. A utilização de ligas metálicas e outras técnicas de aerodinâmica também estão contribuindo para a diminuição das emissões de gases poluentes, mas com o aumento da frota de aviões e helicópteros no mundo todo essas técnicas têm se mostrado insuficientes.

"Todo o esforço que temos feito na otimização do consumo de combustível e na utilização das aeronaves não será suficiente. O único caminho que devemos seguir é em direção aos biocombustíveis", afirmou Emílio Matsuo, vice-presidente e engenheiro-chefe da Embraer.

Matsuo ainda afirmou que o grande desafio tecnológico e de pesquisa é a criação de um biocombustível a partir de uma biomassa que seja produzida em escala comercial, com baixo custo e que consiga ser misturada ao querosene utilizado atualmente na proporção de 50%, permitindo assim que as empresas fabricantes não tenham que fazer grandes alterações em seus motores.

Pesquisadores têm estudado diversas espécies de plantas e sementes brasileiras com características oleaginosas que seriam ideais para a criação de um biocombustível para aviões. A Embrapa, por sua vez, estuda a domesticação do pinhão-manso e do babaçu, cujo óleo é composto por ácidos com cadeias de carbono ideiais para a transformação em combustível.

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A companhia área alemã Lufthansa já está utilizando um bioquerosene desenvolvido a partir do pinhão-manso junto com o combustível fóssil em sua frota de aviões. Porém, depois de mais de mil voos utilizando a mistura, interrompeu o experimento devido a falta de produtos no mercado para sua produção.

Com seu pioneirismo no uso de biocombustíveis no setor de automóveis, especialistas acreditam que o Brasil tem tudo para se tornar líder na tecnologia tanto na América Latina como no mundo todo.