Quanto custariam os carros antigos da Chevrolet hoje, com a inflação?
Por Paulo Amaral |
A Chevrolet tem tantos carros clássicos que, recentemente, lançou o Projeto Vintage, criado para trazer de volta à vida alguns dos modelos mais icônicos já vendidos pela marca no mercado brasileiro.
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O Omega CD 1994, aliás, foi o primeiro a ir a leilão, e alcançou um valor astronômico no evento realizado no Museu Carde, em Campos do Jordão: mais de R$ 400 mil, após ter recebido um total de 85 lances.
O preço é próximo ao que custaria um Omega CD da década de 1990 hoje, mas foi impulsionado por ser um item de colecionador. Confira, então, quanto custariam o luxuoso sedan e outros carros antigos da Chevrolet hoje, com a correção da inflação.
Omega CD teria preço de esportivo elétrico hoje
Escolhido para ser o primeiro carro leiloado no Projeto Chevrolet Vintage, o Omega CD 1994 acabou arrrematado por mais de R$ 400 mil. No ano em questão, porém, ele custava no Brasil, em sua versão topo de linha, R$ 46.739,00, em média.
Aplicando ao Omega CD 1994 a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 759,18% no período, descobrimos que o luxuoso sedan custaria hoje, com a inflação, R$ 401.573,00, valor quase igual ao pago no leilão.
Monza: quanto custaria o sedan clássico com a inflação?
O Chevrolet Monza é mais do que um ícone da GM: é um carro que simbolizou luxo, sofisticação e desejo para muitos brasileiros nas décadas de 1980 e 1990 e, por isso, deixou saudades e um enorme vazio em muitos corações. Em 1994, a versão topo de linha, Classic SE, era comercializada por R$ 19.900,00.
Hoje, mais de três décadas depois, esse mesmo carro, com a correção da inflação, não seria encontrado por menos de R$ 170.977,19, valor muito próximo ao cobrado pela BYD por seu sedan híbrido, o King.
Celta: qual o preço do popular da Chevrolet com a inflação?
O Chevrolet Celta, hatch da GM que ficou em linha no Brasil entre os anos 2000 e 2015, nunca foi um primor em desempenho, luxo ou tecnologia. Mesmo assim, conquistou um espaço enorme no coração do público e, até hoje, é um dos carros mais procurados no mercado de usados e seminovos.
No ano de lançamento no Brasil, o Chevrolet Celta chegou ao mercado por R$ 13.390. Essa era a média cobrada pelos chamados carros populares, e o Celta, com seu motor 1.0, típico do segmento, não fugia à regra. Hoje, com a correção da inflação, o hatch compacto sairia por R$ 62.085,45, preço interessante para um modelo popular.
Opala Diplomata teria preço de carro premium com correção do IPCA
O Diplomata, luxuoso sedan da Chevrolet, vendido no Brasil nas décadas de 1970, 80 e início dos anos 90, é um verdadeiro sinônimo para a palavra “clássico”, quando ela é aplicada ao universo automotivo. Versão topo´de linha do Opala, modelo que vendeu mais de 1 milhão de unidades até sair de linha, em 1992, o Diplomata tinha sob o capô o imortal motor 6 cilindros de 4.1 litros, mas era muito mais do que simplesmente um carro potente.
O modelo topo de linha do sedan custava Cr$ 48.251.800, que equivalem à cerca de R$ 17,5 mil. Aplicando-se sobre o preço original do Opala Diplomata da década de 1980 a correção da inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o sedan da GM custaria, em outubro de 2025, R$ 241.619,52.
Kadett GSI: esportivo raiz custaria uma fortuna com a inflação
Esportivo raiz, o Kadett GSI entregava, além de potência, um nível de acabamento que já mirava um mercado mais premium e, por conta disso, tornava o carro mais caro em relação aos principais concorrentes.
Versão topo de linha do Kadett, a GSI era também a mais cara. O carro da GM, dotado de motor 2.0, que entregava 121 cv ao motorista, câmbio manual de 5 marchas e tração dianteira, custava Cr$ 32.000.000,00 em 1991. Hoje, com a correção da inflação, o esportivo antigo e raiz não custaria menos de R$ 527.302,72, mais caro que muito carro premium.
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