Qual a distância mínima entre aviões para não haver colisão no ar?
Por Danielle Cassita |
Um Airbus A350 da Air China e um Boeing 767 cargueiro da SF Airlines ficaram perigosamente próximos neste mês. Enquanto passavam por Tuva, região perto da fronteira com a Mongólia, as aeronaves ficaram separadas por apenas 90 metros, distância considerada de risco para a segurança aérea.
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A aproximação ocorreu após o voo CA967, da Air China, ascender de 10.394 para 10.973 metros de altitude sem a autorização dos controladores de tráfego aéreo da Rússia. Como resultado, a manobra deixou a aeronave bem no caminho do voo CSS128, cargueiro Boeing 767 que decolou de Budapeste e seguia a Ezhou.
De acordo com dados de voo e registros do cockpit, os dois aviões ficaram separados por apenas 90 metros verticais — para comparação, considere que o nível mínimo global de separação vertical naquele nível de voo é de 600 metros. O piloto do cargueiro viu o A350 se aproximando e logo alertou o centro de controle.
Em questão de segundos, os sistemas anticolisão das aeronaves (TCAS) foram acionados e ordenaram desvios de emergência. Os TCAS fazem parte dos sistemas de aeronaves civis e militares, e servem para alertar os pilotos sobre tráfego aéreo próximo.
As gravações parecem indicar que o piloto do Airbus não teria compreendido corretamente as instruções dos controladores russos, que solicitaram que mantivesse a altitude. Quando o incidente aconteceu, os controladores estavam acompanhando outras quatro aeronaves na região.
Como funcionam os níveis mínimos de separação
Na aviação internacional, a separação vertical entre aeronaves segue padrões rigorosos. Esta separação é determinada com base no nível de voo (ou “FL”, na sigla em inglês), medido em centenas de pés e baseado na pressão de 1013,25 hPa.
Assim, as normas determinam que a menor distância de separação vertical é de 300 metros (ou mil pés) abaixo do FL 290. Por outro lado, acima do FL 290 a distância aumenta para 600 m.
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