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Perigo no ar: como os balões podem causar tragédias aéreas

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Internet/Reprodução
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Os meses de junho e julho, são conhecidos por apresentarem um número elevado de balões no céu. Isso acontece por conta das festividades juninas, mas são um grande problema, principalmente, para a aviação local. 

O número de acidentes, claro, cresce nesse período do ano. Já foram feitos diversos registros em anos anteriores de balões sobrevoando aeroportos movimentados. Em 2023, por exemplo, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) identificou 436 ocorrências deste tipo apenas entre os meses de janeiro e maio. 

A Força Aérea Brasileira (FAB) é responsável por conter estes riscos, por isso, através do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), desenvolve um projeto de conscientização da população, com campanhas e procedimentos específicos quando um balão sobrevoa um aeroporto. 

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“A primeira ação tomada pelos controladores de tráfego aéreo, ao receberem esses reportes, é notificar todos os operadores na vizinhança do avistamento do balão. Os pilotos também são alertados quanto a esse tipo de ocorrência por meio do ATIS, uma mensagem periódica gravada que informa sobre as condições do aeroporto e suas proximidades”, disse o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha.

O que acontece se um balão se chocar contra um avião no ar?

Em 2011, um balão acabou colidindo com um avião com mais de 90 pessoas a bordo no Rio de Janeiro RJ). Após a batida, os controles de pilot da aeronave foram danificados, degradando diversos sensores e sistemas automáticos.

Isso fez com que a viagem do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Confins (MG), fosse realizada sem que os pilotos soubessem informações como temperatura, velocidade e até mesmo piloto automático. Felizmente, nada de pior chegou a acontecer. 

Mas esse caso ilustra um pouco sobre os perigos de uma colisão no ar com um balão. As consequências podem ser imprevisíveis, já que elas podem variar de acordo com a velocidade da aeronave, peso e tamanho do balão, área atingida, etc. 

O Cenipa afirma que uma colisão pode chegar a pesar mais de três toneladas, considerando que o balão pesa cerca de 15 kg e o avião esteja em uma velocidade média de 300 km/h. 

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Para deixar o espaço aéreo brasileiro mais seguro, desde o dia 1º de setembro de 2023, os registros de ocorrências envolvendo balões de ar quente passaram a ser feitos exclusivamente por meio do Portal Único de Notificação. Essa ferramenta digital foi criada para unificar, em um só ambiente, o envio de relatos de segurança operacional na aviação civil, tanto por operadores nacionais quanto por estrangeiros que atuam no Brasil, promovendo uma cultura mais sólida e eficaz de segurança aérea.

O DECEA também recomenda que esses eventos sejam compartilhados até mesmo por civis pelo Portal Único de Notificação. As denúncias também podem ser feitas através do 190. 

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