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Por que o carro popular triplicou de preço no Brasil em uma década?

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Freepik/CC
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Quem sonha em comprar um carro zero-quilômetro hoje encontra preços que passam facilmente os R$ 70 mil. Assim, pode até parecer estranho pensar que, no início dos anos 1990, os carros populares — como eram conhecidos os modelos mais simples, com manutenção barata e preço convidativo — eram acessíveis a boa parte dos brasileiros. Mas isso mudou. 

Três décadas depois, o cenário é bem diferente: hoje, o carro mais barato do país é o Citroën C3 Live 1.0, que é vendido por R$ 73.490. Em outras palavras, o termo “popular” já não pode ser mais usado para descrever estes modelos. 

Aliás, quando o assunto são carros acessíveis, é importante lembrar que o Citroën C3 Live 1.0, tomou o lugar de “queridinhos” dos brasileiros como o Fiat Palio Fire, símbolo máximo do carro de entrada nos anos 2000 e 2010. Em 2015, o Palio ainda era vendido por cerca de R$ 27 mil na versão mais simples.

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Carro acessível? 

Talvez você esteja se perguntando o que levou a um aumento tão expressivo nos preços, e a resposta está na combinação de fatores. Veja só: claro, a inflação é um deles, mas também existem as mudanças do mercado, que acabaram afetando o que se considerava como carro popular

No entanto, é injusto e precipitado colocar o aumento de preços no cenário econômico do Brasil. De fato, os impostos representam parte significativa do custo de um zero-quilômetro, mas é importante lembrar que mesmo os modelos de entrada hoje vêm com componentes que proporcionam muito mais segurança e conforto do que acontecia no passado. 

Desde 2024, todos os carros produzidos no Brasil têm que ter controles de estabilidade e tração; estes itens são essenciais para impedir que veículos capotem nas estradas e ruas e, se antes eram opções de luxo, agora são obrigatórios. Este também é o caso de componentes como freios ABS e airbags frontais duplos — e tudo isso tem um custo para as montadoras, que já não trabalham mais com o que foi conhecido como “carro popular”. 

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