Picape grande e elétrica é mais poluente que compacto a combustão
Por Paulo Amaral | Editado por Jones Oliveira | 28 de Fevereiro de 2023 às 09h00
O The New York Times, um dos mais conceituados veículos de comunicação dos Estados Unidos, soltou um artigo na última semana que pode colocar um questionamento na cabeça de quem defende cegamente a utilização de carros elétricos em detrimento dos tradicionais a combustão.
A publicação assinada pela colunista Elena Shao questiona “quão bom para o planeta é essa grande caminhonete elétrica” e afirma, em linhas gerais, como diz o jargão popular, que “tamanho importa”.
Shao apresentou dados colhidos junto ao MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), indicando que uma picape de tamanho grande, mesmo 100% elétrica, como a Ford F-150 Lightning, emite mais poluentes por quilômetro rodado do que um carro compacto a gasolina.
“As picapes elétricas mais pesadas geralmente requerem baterias maiores e mais eletricidade para carregar, então acabam sendo responsáveis por mais emissões do que outros EVs menores Levando em consideração a vida ciclo de emissões por milha, eles acabam tão poluentes quanto alguns carros menores a gasolina”.
Alissa Kendall, professora de engenharia civil e ambiental da Universidade da Califórnia, endossou os dados e completou a tese ao afirmar que a eletricidade usada para carregar as picapes grandes pode vir de combustíveis fósseis, e isso também precisa ser adicionado à conta final da emissão de poluentes.
Picape elétrica grande x picape a combustão grande
O comparativo entre a Ford F-150 Lightning, 100% elétrica, e a versão tradicional do modelo mais vendido da marca nos Estados Unidos, porém, apresentou o resultado mais esperado, pendendo favoravelmente à versão zero emissão de poluentes.
Segundo Elana Shao, trocar o modelo convencional por um igual, mas movido pelo propulsor elétrico, “pode produzir economias significativas de emissões”. A colunista do The New York Times citou que a redução na emissão de gases de efeito estufa pode chegar a até 50% por quilômetro rodado nesse caso.