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Metade das pessoas não aceitaria andar em um carro autônomo, diz pesquisa

Por| 24 de Agosto de 2017 às 12h22

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Metade das pessoas não aceitaria andar em um carro autônomo, diz pesquisa
Metade das pessoas não aceitaria andar em um carro autônomo, diz pesquisa

Como se pedestres, motoristas inconsequentes, obstáculos e o estado das rodovias já não fossem desafios o suficiente para as tecnologias de carros autônomos, parece que essa novidade tem um novo muro para superar: os próprios usuários. De acordo com um estudo do Gartner, metade dos consumidores não aceitaria andar em um carro que se dirige sozinho.

De uma amostra de 1.519 pessoas nos Estados Unidos e Alemanha, países em que a novidade está mais avançada, 55% disseram que não aceitariam entrar em um veículo autônomo. Por outro lado, a presença de um motorista muda um pouco as coisas, já que mesmo que a tecnologia esteja em utilização, 71% afirmaram que andariam em um carro que se pilota sozinho, desde que um humano esteja lá para assessorar tudo.

Os dados da pesquisa fizeram com que o Gartner adiasse suas previsões de adoção massificada da tecnologia. Para o instituto, a resistência de consumidores e usuários deve levar a popularização dos carros autônomos para 2025, cinco anos depois da chegada dos primeiros modelos ao mercado. Um longo tempo que, claro, vai demandar muitos investimentos por parte de montadoras e desenvolvedores.

Entre as razões mais citadas pelos entrevistados para essa recusa estão as falhas na tecnologia e preocupações com segurança. Muitos afirmaram que não saberiam o que fazer ou como agir no caso de uma pane total de um sistema autônomo, enquanto outros apontam o temor pela própria proteção no caso de falhas críticas que causem comportamento errático do veículo.

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Por outro lado, a maioria dos participantes considerou algumas das melhorias trazidas pela inovação, como maior economia de combustível e uma possível redução no número de acidentes. De maneira geral, apesar da falta de confiança nas inteligências artificiais, a noção é de que um motorista digital pode ser mais cauteloso que um humano.

Quem dirige também mostrou apoio à tecnologia no estudo. Profissionais, por exemplo, apontaram a inovação como uma boa alternativa para longas jornadas, reduzindo o cansaço, enquanto amadores citaram a possibilidade de usar o tempo de trajeto para estudar, trabalhar ou se divertir – algo, inclusive, não recomendado pelas fabricantes, que pedem atenção total à via mesmo durante a utilização de sistemas assim.

O Gartner conclui, ainda, que usuários de plataformas de transporte por aplicativos, como Uber e Cabify, são mais propensos a aderirem aos carros autônomos do que aqueles que possuem os próprios veículos na garagem. O estudo foi realizado entre os meses de abril e maio de 2017.

Fonte: Gartner