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Como instalar um wallbox para carros elétricos em condomínio?

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/E-wolf
Divulgação/E-wolf

Instalar um wallbox (carregador de parede) para carros elétricos em condomínio é, como diz o jargão popular, um assunto que “dá pano pra manga”. Afinal, além de demandar conhecimento sobre o assunto, algo que hoje muitas pessoas ainda não têm, é algo que permanece caro no Brasil.

Para entender melhor o que é preciso, quais cuidados tomar e quais os custos para instalar um wallbox para carros elétricos em condomínios, o Canaltech conversou com Thiago Castilha, sócio-diretor da E-wolf Carregadores, empresa que é referência no segmento e tem parcerias importantes com a BYD e com a Raizen Power, entre outras.

“Quando a gente fala de instalação em condomínio, tem que ser algo um pouquinho mais elaborado do que instalar em uma simples residência. Afinal, em um condomínio, muitas vezes você tem uma carga que não é suficiente para dar conta de muitos carros”, comentou o executivo.
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Confira, então, as dicas do diretor da E-wolf sobre como instalar um wallbox em seu condomínio e leve a sugestão para a próxima assembleia.

Convencer vizinhos é desafio

O especialista ouvido pelo Canaltech comentou que o principal desafio para instalar um wallbox em condomínio não é ligado a eventuais dificuldades técnicas ou ao fluxo de caixa, e sim ao lado humano da questão.

“Normalmente, o mais difícil é quando tem discussão que vai para as assembleias, pois, muitas vezes, quem não tem o carro elétrico acaba travando o vizinho, não permite a instalação e bloqueia a aprovação por desconhecimento e insegurança”, comentou Castilha.

A receita para acabar com a insegurança de quem não tem carro eletrificado, mas mesmo assim veta a instalação de wallbox em condomínio por medo de acidentes é simples na visão do sócio da E-wolf.

“Hoje, quando a gente fala de condomínio, você tem que contratar uma empresa que tenha capacitação técnica para instalar e possa emitir um laudo RT, que é importantíssimo para poder ter a certificação que a instalação foi feita da maneira adequada. Além disso, é importante ter equipamentos que sejam recomendados pela montadora e certificados para não ter nenhuma surpresa”.
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Balanceamento de carga

A instalação de wallbox em condomínio demanda uma análise ampla para, assim, ser feito o balanceamento de carga. Isso visa detectar a demanda total do conjunto e, assim, preparar o equipamento para reduzir ao máximo o risco de queda de energia.

Thiago Castilha revelou que a E-wolf foi buscar uma das tecnologias mais avançadas atualmente na Espanha: “A gente tem uma linha de carregadores da wallbox que faz essa gestão de energia e consegue instalar em até 100 vagas num prédio sem nenhum problema”.

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Lembre-se: fuja do “Zé Faísca”

O executivo da E-wolf reforçou o conselho que já havia dado ao abordar os custos de instalação de um wallbox para carros elétricos em residências ao apontar o principal cuidado que deve ser tomado em um condomínio: o eletricista padrão ou, como Castilha brincou, “Zé Faísca”.

“Por se tratar de equipamentos que são de longo período de uso e, em geral, ficam cinco, dez horas carregando o carro, é muito importante contratar uma empresa que tenha capacitação, porque a fiação tem uma especificação, o disjuntor tem uma especificação. Conforme muda de distância também muda a gramatura, a espessura do fio. Então, é importante sempre procurar empresas homologadas e eque tenham capacitação de instalar. Tem que fugir do Zé Faísca”.
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Segundo Castilha, o valor do serviço, assim como o realizado em residências, demanda de uma série de fatores, que vão desde a quantidade de cabeamento até a qualidade do disjuntor e do DPS (protetor de surtos). O custo apenas de uma análise de carga e do projeto elétrico já é bem caro e pode chegar a valores acima de R$ 20 mil.

“Hoje o Brasil tem profissionais capacitados, a norma ABNT funciona super bem e não dá errado quando seguem essa norma. Procure sempre fazer o que a montadora recomenda, pois não faz sentido você ter um veículo de R$ 150 mil, R$ 300 mil e economizar na parte mais vital, que é a recarga”, concluiu.