Carros da GM contarão com Google Gemini e até direção autonôma nos próximos anos
Por Lucas Parente |

A General Motors (GM) anunciou que, a partir de 2028, planeja oferecer em seus carros um sistema de condução autônoma capaz de permitir que o motorista tire as mãos do volante e os olhos da estrada durante o trajeto. Além disso, de acordo com a marca, seus carros terão mais integração com inteligênciais artificiais, começando no ano que vem com a introdução do Google Gemini nas cabines.
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Próxima etapa dos sistemas de condução
O novo recurso, ainda sem nome comercial confirmado, será uma evolução do Super Cruise, tecnologia de assistência à direção que a GM oferece desde 2017 em parte de sua linha. Hoje, o sistema permite condução sem as mãos, mas ainda exige que o condutor mantenha atenção constante ao tráfego.
Com o futuro sistema “hands-off, eyes-off”, a GM pretende alcançar o nível 3 de automação, no qual o veículo assume completamente o controle em determinadas condições e o motorista pode se desligar temporariamente da tarefa de dirigir.
Segundo a fabricante, o Cadillac Escalade IQ, SUV elétrico de luxo, será o primeiro modelo a receber a nova tecnologia, que depois será expandida para outros veículos das marcas do grupo.
IA, sensores e arquitetura avançada
O sistema utilizará uma combinação de LiDAR, radares e câmeras para criar um ambiente de detecção mais confiável, garantindo maior precisão e segurança nas tomadas de decisão do veículo. Essa infraestrutura será alimentada por um novo computador centralizado de alta capacidade, projetado pela GM para integrar recursos de inteligência artificial e permitir atualizações remotas (over-the-air).
A empresa também aproveitará a base de dados e a experiência acumulada pela Cruise, sua antiga divisão de táxis autônomos, que já registrou milhões de quilômetros de testes em vias públicas.
Integração com Google Gemini
Paralelamente ao avanço da direção autônoma, a GM anunciou que já em 2026 seus veículos começarão a receber o sistema de IA conversacional Google Gemini. Esse recurso permitirá que o motorista converse com o carro de forma natural para tarefas como enviar mensagens, traçar rotas inteligentes, checar status do veículo ou localizar pontos de interesse. No futuro, esse sistema deve ser atualizado com um IA própria da fabricante de veículos.
Início restrito e desafios pela frente
De início, o modo “olhos fora” funcionará apenas em rodovias mapeadas e controladas, o que reduz variáveis e riscos. A expansão para áreas urbanas dependerá de regulamentações locais, evolução tecnológica e infraestrutura adequada.
Com o anúncio, a GM se coloca novamente entre as protagonistas da corrida pela direção autônoma. Ao apostar em uma arquitetura mais robusta e em uma estratégia de implantação gradual, a empresa busca consolidar sua posição para o futuro da mobilidade.
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