Caoa Chery “contrata” robôs da Ford dispensados pela BYD
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |
A Caoa Chery anunciou, em agosto de 2023, um aporte de R$ 3 bilhões para modernizar a fábrica em Anápolis (GO), planta de onde saem os SUVs Tiggo 7, Tiggo 8 e Tiggo 5X, além do caminhão HR, que é produzido por encomenda, e do Tucson, SUV da Hyundai.
Para incrementar as linhas de produção, parte do dinheiro foi utilizado na compra de maquinários, em especial robôs. “Desempregados” após a BYD decidir não mantê-los em Camaçari, local onde antes eram realizadas as operações da Ford, mais de 200 robôs foram comprados pela Caoa Chery em um leilão — 165 já incorporados às linhas.
Os robôs “contratados” pela Caoa estavam parados desde 2021, quando a Ford fechou as portas de suas fábricas no Brasil. Agora, eles passarão a trabalhar nas áreas de pintura e nos processos de solda de montagem das carrocerias.
“Tecnologia, qualidade e respeito ao meio-ambiente. Nossa fábrica tem alta complexidade e alta flexibilidade, é amplamente robotizada e conta com colaboradores extremamente cuidadosos e talentosos”, diz a empresa em seu site oficial, confirmando a automação quase completa da linha de produção em Goiânia.
Como é a fábrica da Caoa Chery em Anápolis?
O complexo fabril da Caoa Chery em Anápolis (GO) conta com uma área de quase 200 mil m² e passará a ter 6.000 postos de trabalho nos próximos meses para continuar funcionando em três turnos.
A marca, que hoje trabalha com pouco mais de 5 mil colaboradores no local, tem como meta produzir 76 mil veículos até o fim de 2024; para isso, vai expandir as instalações em 36.172 m².
A ideia da montadora sino-brasileira também é passar a produzir, em breve, as versões híbridas dos SUVs Tiggo 7 e TIggo 8, que hoje chegam ao Brasil importadas da China.