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Julia | Conheça a linguagem de programação cada vez mais usada no MIT

Por| Editado por Claudio Yuge | 19 de Agosto de 2022 às 18h20

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MatecDev/Divulgação
MatecDev/Divulgação

Em 2009, os pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) Jeff Bezanson, Stefan Karpinski, Viral Shah e Alan Edelman iniciaram o processo de criação de uma linguagem de programação livre, de alto nível e rápida. Três anos depois, em fevereiro de 2012, o grupo chegou a seu objetivo e lançou Julia, uma codificação dinâmica de alto nível, focada em computação de alto desempenho.

A linguagem é capaz de resolver equações parciais em larga escala e álgebra linear distribuída, a chamada computação científica. Essas características tornam Julia uma boa opção para projeção de modelos de aprendizado de máquina e simulações de inteligência artificial, algo que será muito requisitado com o advento do 5G e da chamada “internet das coisas”.

Crescimento rápido da Julia

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Uma pesquisa realizada em 2020 pela empresa JetBrains, da Chéquia, apontou que apenas 1% dos desenvolvedores utilizava Julia nos ecossistemas em que trabalhavam. Porém, desde então, houve um crescimento bastante expressivo no uso da linguagem. Hoje, a codificação ocupa a 28% posição no índice Tiobe, que lista as linguagens mais usadas, à frente de nomes conhecidos, como Kotlin e Cobol.

Julia se mostra uma boa opção para computação de alto nível por possuir um compilador sofisticado, o Just-Ahead-Of-Time (JAOT), que permite que seu desempenho seja melhor do que o de suas concorrentes. A linguagem também suporta execução paralela distribuída, sendo conhecida por sua precisão numérica e biblioteca de funções matemáticas, além de um ecossistema de ferramentas para otimização robusto.

A linguagem também é ótima para estatísticas, além de possuir uma excelente infraestrutura para programação paralela e visualização de dados. A expectativa é de que Julia desempenhe um papel importante no futuro da ciência de dados e da inteligência artificial, já que une recursos de script amigáveis, como os do Python, com o alto desempenho de linguagens compiladas, como o C++.

Por fim, uma linguagem de uso geral

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Julia é uma das poucas plataformas para treinamento de modelos de aprendizado de máquina que tem código aberto. Para se ter uma ideia, até recentemente, muito do que era feito em relação a machine learning era treinado e desenvolvido em R e Python. Apesar de ser muito usada para análise numérica e ciência computacional, na prática, Julia é uma linguagem de uso geral.

A linguagem Julia está disponível sob licença MIT, também conhecida como licença X ou X11, que não possui muitas restrições de uso, e seu código-fonte está disponível no GitHub.