Dia do Desenvolvedor | Perfil da profissão no Brasil, salários e áreas bem pagas
Por Claudio Yuge |
Nesta terça-feira (13) comemoramos o Dia do Desenvolvedor, área no ramo de tecnologia que vem crescendo bastante nos últimos anos, tanto pela demanda no mercado quanto pelo interesse de jovens trabalhadores na cultura digital. E o Canaltech aproveita um relatório confeccionado pela plataforma de emprego Revelo para fazer um “raio-x” da profissão no Brasil em 2022.
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A pesquisa da Revelo foi realizado com mais de 33 mil profissionais de tecnologia (a maioria composta por desenvolvedores) e sobre análise de mais de 1,8 milhão de buscas realizadas por companhias que buscam trabalhadores desse segmento. O levantamento aconteceu entre janeiro e dezembro de 2021, e traz informações detalhadas sobre perfil, carreira, habilidades e salários.
Quais os salários pagos a desenvolvedores no Brasil?
Na análise, o relatório considera a quantia paga aos programadores contratados sob registro da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Vale lembrar que os montantes podem variar, de acordo com a praça, as linguagens e habilidades utilizadas, e, claro, o modelo de trabalho.
Os profissionais considerados juniores, com um ou dois anos de experiência, costumam receber até R$ 4 mil. Já quem tem entre três e seis anos de experiência, os que figuram no cargo Pleno, são remunerados com valores entre R$ 4 mil e R$ 8 mil. Já os seniores, com mais de sete anos de carreira, concentram os salários de mais de 10 mil.
Vale ressaltar que esses salários ficam também em uma faixa parecida para profissionais de outras áreas de tecnologia no Brasil, que ganham montantes semelhantes com o mesmo nível de experiência.
Já quando falamos de especialidade, as maiores médias salariais ficam para quem trabalha como engenheiro de dados, Back-End (gerenciamento de estruturas de bancos de dados e servidores) e DevOps (que une as atividades de desenvolvimento com operações do software). O salário médio por especialidade fechou em R$ 7.781.
Quais são as habilidades de desenvolvedores mais buscadas pelas empresas?
Já abaixo é possível ver as habilidades mais cobiçadas pelas empresas que estão atrás de profissionais de desenvolvimento de software. As 50 habilidades mais procuradas pelas companhias, segundo a Revelo, representam cerca de 83% do total de aproximadamente 1,8 milhão de buscas analisadas no relatório.
Java, Javascript, React.JS, Node.JS, SQL, C# e Python figuram entre as principais da lista.
Já entre as plataformas mais utilizadas, em primeiro está o Linux, em segundo a Amazon Web Services e, em terceiro, o Wordpress.
Quais habilidades mais comuns aos desenvolvedores no Brasil?
O relatório aponta que, nos mais de 33 mil profissionais de tecnologia do Brasil avaliados na pesquisa, as especialidades mais comuns são Full-Stack (atua no desenvolvimento visual e funcional), Back-End e Front-End (trabalha na interface gráfica experiência do usuário).
No quadro é possível observar que, segundo o relatório, os profissionais que mais acumulam experiência no mercado trabalham como Product Owner (otimiza o valor e gerencia a lista de pendências do produto), Back-End e Full-Stack costumam ser veteranos, enquanto a galera que está entrando no mercado tem atuado como DevOps.
Qual é o perfil do desenvolvedor no Brasil?
Como era de se esperar, a grande maioria dos desenvolvedores listada no relatório da Revela atua no Estado de São Paulo, onde se concentram muitas empresas de tecnologia, de pequenas às de grande porte, no Brasil. Mais de 40% ficam em território paulista, o que deixa a região Sudeste, lar de mais de 59,33% dos programadores do país.Em segundo vem o Sul (15,80), o Nordeste (13,93%), o Centro-Oeste (7,95%) e o Norte (2,99%).
Com relação ao gênero binário de desenvolvedores, o cenário é bastante desigual. Apesa do aumento da participação das mulheres no mercado brasileiro de tecnologia, são 87,7% programadores e apenas 12,3% programadoras, segundo a pesquisa da Revelo.
Já sobre o grau de escolaridade, mais de 60% dos desenvolvedores possuem Ensino Superior completo (bacharelado ou tecnólogo), enquanto pessoas que exercem a profissão com a formação no Ensino Medio ou instrução inferior, somam apenas 3,7% do total.