Review Oster PrimaLatte Touch | Uma ótima cafeteira automática
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller |
A Oster PrimaLatte Touch é uma evolução da PrimaLatte comum e chegou ao mercado com a promessa de ser ainda mais prática do que o modelo tradicional. Com um painel sensível ao toque, em vez de botões físicos, ela é bem simples de usar e o compartimento para leite a torna ainda mais versátil. Neste texto, eu falo qual a minha opinião sobre ela e se ela vale a pena ou não.
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Design e construção
A Oster PrimaLatte Touch tem um design bem parecido com os demais modelos da linha. Ela tem o acabamento geral em plástico com alguns detalhes em metal, como a tampa da bandeja coletora e o bico de saída de leite.
No painel frontal, há alguns ícones sensíveis ao toque para o preparo de bebidas: são três automáticos — para o preparo de espresso, cappuccino ou latte macchiato —, dois para servir manualmente café ou leite e um para ligar o sistema de autolimpeza do reservatório de leite.
Há, ainda, uma barra de progresso na parte superior. Nela, dá para acompanhar tanto o preparo da bebida quanto o aquecimento da máquina, já que leva alguns segundos para que ela fique pronta para o uso após ligar.
O compartimento de leite tem uma trava de segurança na parte de cima e isso ajuda a mantê-lo seguro na cafeteira. Atrás dele, fica o reservatório de água, que tem capacidade de 1,5 litro.
Na construção, o único problema que encontrei foi o cabo de energia, que é consideravelmente pequeno. Você precisa ter uma tomada perto da cafeteira para usá-la com segurança.
Outro ponto, que não chega a ser um problema mas que poderia ter sido melhor elaborado, é que a saída de leite é um pouco distante da saída de café. Assim, se você for preparar um cappuccino em um copo mais estreito, é preciso primeiro posicioná-lo na saída de leite e depois trocar rapidamente para baixo do porta-filtros. Se usar uma xícara mais “larga”, porém, não terá problemas.
Usabilidade
A Oster PrimaLatte Touch é uma cafeteira que agrada tanto quem quer praticidade quanto quem prefere ter um controle maior sobre o preparo. Isso porque além dos botões de preparo automático, ela também tem os modos manuais, que permite selecionar a quantidade exata que prefere de café e leite.
Ela tem pressão de 19 BAR e filtros pressurizados, características que garante um espresso mais padronizado, com uma crema mais uniforme independente do tipo de café que você utilizar — seja ele moído na hora ou não. Um ponto que pode incomodar no começo, porém, é que o porta-filtro é bem “duro” de travar na máquina e, a princípio, pode passar a impressão de que você vai quebrar a cafeteira ao forçar muito, mas é necessário. Com o tempo, porém, ele vai ficando mais leve.
O preparo do café é bem rápido e a qualidade da bebida é boa. Não chega a ser um espresso perfeito, mas está dentro do esperado para esse tipo de cafeteira. Já o leite eu achei que fica extremamente quente e não temos um controle sobre isso. A única configuração possível é a quantidade de espuma feita.
Isso pode parecer um detalhe, mas afeta diretamente no sabor do cappuccino, que fica com um pouco menos de doçura. Mas não chega a ser um problema tão grande.
A PrimaLatte Touch também é compatível com cápsulas de café da Nespresso e já inclui um porta-cápsulas dedicado para esse preparo no kit. Além dele, há também dois tamanhos de filtros: um para uma dose simples de espresso e outro para dose dupla. Eu acabei usando apenas o de dose dupla, porque prefiro um café mais encorpado mesmo para dose simples.
Por falar nisso, o porta-filtros tem duas saídas de café, então é possível servir duas xícaras ao mesmo tempo.
Quanto ao consumo de energia, ela gasta cerca de 0,037 kWh para o preparo de uma dose dupla. Assim, o consumo em um mês será de aproximadamente R$ 0,80 caso ela seja usada uma vez por dia neste mesmo cenário. Para essa conta, usamos o valor do kWh da Copel para a cidade de Curitiba, pois esta empresa tem taxas fixas que facilitam uma estimativa de consumo.
Cuidados e limpeza
Como destaquei anteriormente, a Oster PrimaLatte Touch tem um botão para a autolimpeza do reservatório de leite. Então, após cada uso é interessante acioná-lo para fazer a higienização do bico vaporizador e do sistema interno do compartimento.
Os filtros pressurizados também são totalmente desmontáveis, o que facilita para fazer a limpeza completa deles após cada uso, removendo cada partícula de café que possa ficar no interior.
Após cada uso, também é interessante passar um fluxo de água limpa pela máquina. Assim, você terá ela sempre limpa para uma nova bebida e não deixará resquícios de café “velho” na sua bebida nova.
Concorrentes diretos
Uma alternativa para a Oster PrimaLatte Touch é a Philco Latte 5 em 1 PCF21P. Esse modelo também oferece um compartimento dedicado para a vaporização de leite e tem um funcionamento muito parecido.
Um destaque é que, além do suporte para cápsulas da Nespresso, o modelo da Philco também é compatível com os cafés em cápsulas da Três Corações, com acessórios também inclusos no kit. Além disso, a PrimaLatte tem pressão de 19 BAR e a PCF21P tem 20 BAR — uma diferença pouco perceptível na prática.
Quanto à faixa de preço, a Oster é bem mais convidativa e é encontrada em uma faixa entre R$ 1000 e R$ 1300, enquanto a Philco gira em torno de R$ 1.800 — diferença que não é justificada pelo acessório a mais incluso neste modelo.
Vale a pena comprar a Oster PrimaLatte Touch?
Sim, vale a pena comprar a Oster PrimaLatte Touch. Ela é uma cafeteira semi-automática que oferece tanto praticidade para quem quer um cappuccino rápido quanto um modo manual, para quem gostar de controlar melhor a quantidade de café que deseja tomar a cada uso.
Seu compartimento dedicado para leite também torna o uso bem prático e, apesar de não ter um controle de temperatura, é um recurso que torna o uso da PrimaLatte Touch bem simples.
A faixa de preço pode assustar um pouco quem procura pelo básico, mas está dentro do esperado para este tipo de produto e bem mais barata do que sua principal concorrente.