Apple gastou cerca de US$ 63 bilhões para comprar suas próprias ações

O complicado ano da Apple vem refletindo há tempos nas ações da empresa. Apesar de ter tido o melhor dia em anos na bolsa, um novo dado mostra que a companhia vem apanhando para tentar segurar bons números. Segundo o Wall Street Journal, a gigante já gastou neste ano US$ 62,9 bilhões para comprar de volta as ações no mercado e segurar a queda de preço. E isso apenas considerando os três primeiros trimestres de 2018.

O montante foi um recorde em gastos da companhia neste setor. O problema é que o montante foi exatamente igual à receita que a companhia teve no último trimestre, em relatório divulgado em setembro deste ano.

Neste cenário, fica evidente até para os menos conhecedores sobre ações que a Apple não fez um bom negócio. A companhia teve um pico histórico dos preços de suas ações em outubro deste ano. Alguns dos papéis comprados pela companhia foram negociados por US$ 222.

Desde então, as ações despencaram para a casa dos 30% e são negociadas por volta de US$ 156. O jornal calcula que a companhia perdeu US$ 9,1 bilhões só com esta movimentação. Isso porque os investimentos de US$ 62,9 bilhões agora valem perto de US$ 53,8 bilhões. Ainda, a matéria aponta que a Maçã comprou de volta cerca de 6.7% das suas ações neste ano.

Tais números devem ainda continuar no fim do ano, já que o objetivo da empresa com a recompra de ações é fazer com que elas subam de preço, segurando o valor dos papéis mais alto. Como a Apple viveu mais um momento de queda agora no final do ano, é bem possível que ela tenha tentado segurar o preço.

A companhia bateu a marca de US$ 232 em suas ações, mas as cotas mantêm queda no último trimestre. O saldo de dezembro, até o momento, é de redução na casa de 15% no preço das ações.

A Apple também precisa trabalhar com possíveis novas taxas de importação de iPhones da China para o mercado norte-americano, o que também tem colaborado para a queda das ações da companhia.