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BGS 2018 | Magic: The Gathering - Puzzle Quest inova intuitividade e estratégia

Por| 24 de Outubro de 2018 às 13h26

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BGS 2018 | Magic: The Gathering - Puzzle Quest inova intuitividade e estratégia
BGS 2018 | Magic: The Gathering - Puzzle Quest inova intuitividade e estratégia

O Canaltech teve a oportunidade de visitar o estande da Oktagon na Brasil Game Show 2018 para conferir Magic: The Gathering – Puzzle Quest, baseado no famoso jogo de cartas da Wizards of the Coast (hoje, subsidiária da Hasbro). O título é voltado para plataformas móveis e estava disponível na área indie com direito a campeonatos e decks físicos como prêmio aos vencedores.

O game é bastante simples de jogar, apesar de não parecer a princípio. Pense em um Candy Crush Saga, onde o jogador precisa alinhar pelo menos três frutas em uma fileira para marcar pontos e eliminar os blocos da grade. Puzzle Quest é praticamente a mesma coisa, mas, no lugar das frutas, há gemas, cada qual representando um dos tipos de Mana do jogo — verde, amarelo (ou branco), azul, roxo e vermelho.

No jogo de Magic: The Gathering original, isto é, o game de cartas, cada jogador, chamado de Planeswalker – um tipo de mago que tem o poder de invocar criaturas para lutar a seu favor – precisa fazer os pontos de vida do oponente chegar a zero. Para tanto, é necessário usar um tipo de terreno (Pântano, Ilha, Floresta, Planície e Montanha). Estas cartas serão as geradoras de Mana, e é com ela que o jogador consegue invocar criaturas para lutar a seu favor.

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Em Puzzle Quest a estrutura é bastante similar, mas adaptada para um sistema a lá Candy Crush Saga. Assim, após construir seu deck de cartas virtuais, o jogador precisará montar estratégias durante o duelo, combinando 3 gemas de mesma cor na grade, mas sempre visando combos de outras peças nos arredores, afinal quanto mais combinações, mais Mana é recebida.

Ao atingir a quantidade de Mana necessária, pode-se invocar uma criatura para o campo de batalha, associada à cor do seu Planeswalker. Isso significa que você só poderá usar cartas associadas ao tipo de Mana do seu deck, mas as combinações de gemas podem ser feitas com qualquer cor. Inclusive, vale sempre verificar o perfil do oponente, pois lá geralmente estará descrito qual tipo de Mana o favorece e qual tipo é seu ponto fraco.

Assim, se o oponente é fraco contra Mana vermelho, combinando mais gemas da cor vermelha na grade, garantirá vantagem contra o Planeswalker adversário. É um jogo bastante simples, mas que exige estratégia, assim como naturalmente acontece em Magic: The Gathering – o jogo de cartas físicas, não o eletrônico.

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Fácil de aprender

O Canaltech também conversou com Ronaldo Cruz, um dos fundadores da Oktagon, estúdio de desenvolvimento de jogos sediado em Londrina. Em um bate-papo durante a feira, ele explicou que o game fez um ano que chegou oficialmente ao Brasil através de sua desenvolvedora, que viu o sucesso do título em comunidades americanas e europeias.

Ronaldo também comentou sobre o processo de adaptação das funcionalidades do jogo de cartas físicas, já que Magic: The Gathering está sempre em gradativa evolução, oferecendo constantemente novas cartas e novos recursos ao longo dos anos. “Tudo que a Wizards [of the Coast] implementa no mundo Magic a gente tenta adaptar e fazer funcionar no jogo”, explica.

Inclusive, segundo o fundador da Oktagon, Puzzle Quest é interessante tanto para quem já sabe como funciona Magic: The Gathering quanto para jogadores novos. “Nessa parte o Puzzle Quest ajuda bastante. Você acumula Mana para liberar as cartas [das criaturas ou de efeitos]. E aí quando elas são liberadas você vai entendendo a estratégia. Vai chegar uma hora em que você entende que tudo que fizer vai mudar sua tática, o jeito e o sistema de cores do mundo de Magic, as mecânicas, as novidades... Então ele é bem introdutório para quem quer conhecer esse universo”. Ronaldo, inclusive, conta que este foi o seu caso: ele primeiro jogou Puzzle Quest e só então partiu para o jogo de cartas físicas.

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“Eu comecei a aprender com [o Puzzle Quest]. Mas o meu time joga há muitos anos. Quando a gente pegou esse jogo [na desenvolvedora], eles ficaram muito felizes. Eles são apaixonados pelo jogo. Eles contribuem com a comunidade e a comunidade tem gostado muito [do game]. Eu fui marinheiro de primeira viagem, comecei a comprar meus decks depois que comecei a jogar Puzzle Quest. Você recebe algumas cartas gratuitas para começar o jogo e monta o seu primeiro deck. Se você já entende de Magic, já vai saber a malandragem e escolher a combinação de cartas certas. Se você não conhece, vai deixando isso acontecer conforme for jogando. O modo História é que a gente recomenda para quem está conhecendo o game. Ele vai te dar as cartas mais fáceis de entender a lógica, por exemplo, de ataque, de defesa, cartas fáceis de conjurar... E com isso você vai entendendo como funcionam as mecânicas do jogo”

Também para competitivos de plantão

Apesar de ser um jogo voltado para o mobile, Ronaldo acredita que ele é bastante competitivo. “Ele é focado em mobile, até porque está vindo o Magic: Arena aí e não queremos competir”, brincou o fundador da Oktagon. “Ele é super competitivo. É um jogo que você começa jogando contra a IA, no modo História, justamente para aprender como funciona. Depois, você vai querer jogar contra outros jogadores. É onde a coisa começar a ficar mais séria”.

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Há ainda os eventos, chamado de “Eventos PvP” (Player Vs Player), ele nos explicou, “Você está em uma guilda, compete contra outra guilda com vários jogadores. Tem eventos em que você precisa estar em um clã e outros que você compete sozinho, tem eventos que precisa seguir uma regra de cores, tem evento que exige um Planeswalker específico pra competir... São muitos eventos. Essa é a parte legal do jogo. Sempre tem coisa pra fazer, são mais de 100 eventos diferentes, rotativos, toda semana. É bem legal”.

Puzzle Quest, por sinal, está bem atualizado com os mais recentes decks de Magic: The Gathering. E, para encorpar seu deck virtual, existem diversos meios. De acordo com Ronaldo, abrir o jogo pelo menos uma vez por dia já concede ao jogador um boost novo e diferente de cartas. “As cartas você adquire conforme vai jogando, por boost, por compra ou competindo nos eventos”, explica. Elas são liberadas também conforme o jogador vai duelando, desbloqueando-as a partir do momento que aparecem nas mãos dos oponentes.

A questão do boost gratuito todos os dias, inclusive, é um fator importante, pois, segundo Ronald, a Oktagon não está interessada em jogadores que gastam – comprando decks –, mas sim em gamers ativos, sempre. “O importante é você ser ativo, pois com isso você mantém a comunidade ativa, [bem como] o competitivo”.

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Vale apontar que o game funciona apenas com conexão à internet. Durante os testes, Ronaldo explicou que o jogador pode desligar a internet móvel caso queira, após conseguir entrar em uma partida – apesar de isso não parecer recomendado. Contudo, para encontrar jogadores online e entrar em duelos, é necessário estar conectado. Puzzle Quest também sempre nivela o jogador com outras pessoas de nível semelhante, tornando as partidas justas.

“A parte de competição PvP também é assim. Ele te coloca contra as guildas, mas você sempre vai lutar contra alguém do seu nível”. O fundador ainda brincou com a questão dos jogadores com cartas que chamam atenção: “[Seu oponente] sempre vai ter cartas tão interessantes quanto as suas. E isso é legal porque você vai ter sempre vontade de adquirir cada vez mais cartas. E tem ainda as cartas raras... Igual no mundo de Magic!”.

“Ele é simples de jogar em relação à intuitividade, mas você tem de jogar para aprender e aprimorar sua estratégia”, afirma Ronaldo.

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Atividades na BGS 2018

Durante a Brasil Game Show deste ano, o estande da Oktagon também promoveu um campeonato de Puzzle Quest, gratuito, ao longo de todos os dias de feira. Para participar, bastava jogar uma série de batalhas no estilo PvE (Player vs Environment), isto é, contra os personagens controlados pela IA dentro do evento criado especialmente para o evento.

As partidas eram jogadas nos dispositivos dentro do próprio estande da Oktagon, e o mais interessante é que a Wizards of the Coast pareceu ter apoio total ao acontecimento, já que cedeu diversos decks físicos para que a desenvolvedora premiasse os melhores colocados do campeonato ao longo de todos os dias de BGS 2018.