Brasil vai investigar se 5G pode atrapalhar aviões; entenda
Por Felipe Ribeiro | Editado por Jones Oliveira | 04 de Janeiro de 2022 às 19h20
Após autoridades e empresas dos Estados Unidos e Europa alertarem para os riscos do 5G sobre a aviação comercial, o Brasil também vai trabalhar para investigar qual será a influência do novo sinal de conexão sobre a operação de aviões e aeroportos pelo país.
- 5G pode prejudicar pouso de aviões com visibilidade ruim; veja o porquê
- Por que a chuva não impede o funcionamento dos motores a jato de um avião?
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), em conjunto com a Embraer, deve trabalhar em um estudo detalhado sobre como a conexão de telefonia móvel pode afetar os aviões, seja nas operações em solo ou no ar. A preocupação segue a esteira dos apontamentos já feitos pela FAA, órgão regulador da aviação nos EUA, que afirmou que milhares de aeroportos do país não poderão operar por instrumentos por causa das conexões 5G.
A frequência dos aparelhos que ajudam aeronaves a pousarem mesmo sem condições ideais visualização da pista, os altímetros, pode ser afetada e prejudicar o trabalho dos pilotos, mesma preocupação da Boeing e da Airbus.
Levando em conta o clima instável do Brasil, com verões extremamente chuvosos e com dias complicados de trabalho em aeroportos como o de Congonhas, na zona sul de São Paulo, essa investigação é de suma importância para a segurança das operações da aviação comercial.
Durante o leilão do 5G no Brasil, realizado no dia 4 de novembro de 2021, as frequências negociadas foram: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Nos EUA, as faixas de conexão são praticamente as mesmas da operação dos altímetros.
A Anatel deve trazer resultados em breve.
Fonte: O Globo