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Airbus entra na corrida pelos aviões movidos a hidrogênio

Por| Editado por Jones Oliveira | 13 de Dezembro de 2022 às 15h00

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Divulgação/ Airbus
Divulgação/ Airbus

A Airbus anunciou que está desenvolvendo um motor de avião movido a hidrogênio. Em sua conferência Airbus Summit, a fabricante europeia deu detalhes de como pretende utilizar a substância para abastecer aeronaves de grande porte. Esse movimento faz parte do programa Zeroe, que tem outros projetos de aviões limpos.

Segundo a Airbus, o primeiro projeto para receber esse motor a hidrogênio será uma versão adaptada do superjumbo A380. O modo como a empresa vai aplicar o hidrogênio é no formato de célula de combustível, com um motor turboélice trabalhando abastecido por um tanque criogênico lotado com a substância e gerando energia elétrica para os demais motores.

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Na demonstração, a Airbus trouxe aquilo que será instalado na fuselagem do A380. Para este demonstrador de prova de conceito, o hidrogênio líquido do tanque criogênico é convertido em estado gasoso. Em seguida, é distribuído para a célula de combustível por meio de linhas de abastecimento que vão do tanque e, por meio de uma estrutura de suporte aerodinâmica e de suporte de carga externa, para a interface do pilão do motor.

Depois desse processo, o hidrogênio gasoso entra na célula de combustível dentro da cápsula, onde as moléculas de oxigênio também são fornecidas por um fluxo controlado de ar – retirado da atmosfera externa. A reação resultante dentro da célula de combustível produz a corrente elétrica contínua que, posteriormente, é convertida em corrente alternada por meio de inversores.

No final da cadeia de propulsão, a hélice fornece o impulso para os motores elétricos posicionados nas asas. A energia térmica gerada pela célula de combustível precisa ser transportada por um sistema de refrigeração líquida para trocadores de calor, onde é dissipada naturalmente no ar.

Segundo a Airbus, a escolha pelo A380 para ser a primeira aeronave da empresa a receber esse sistema de hidrogênio é por seu espaço. Isso possibilita a instalação de um tanque de hidrogênio com tamanho suficiente para os testes e aprimoramentos de todo o funcionamento dos motores.

A gigante europeia afirma que os primeiros testes em solo desses motores devem acontecer até o final desta década, contrariando previsões anteriores de que isso aconteceria em 2023.