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Algoritmo replica estilo de artistas como Picasso e Van Gogh em qualquer imagem

Por| 08 de Setembro de 2015 às 09h37

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Algoritmo replica estilo de artistas como Picasso e Van Gogh em qualquer imagem
Algoritmo replica estilo de artistas como Picasso e Van Gogh em qualquer imagem

Não é todo dia que aparece um novo mestre da pintura. Um Picasso ou um Van Gogh surgem apenas após anos de estudos, experimentações e uma boa dose de inspiração e excentricidade que tornam esses gênios da arte únicos mesmo séculos após suas mortes. Tanto que até mesmo a reprodução de seus estilos não é algo tão simples assim. Exceto para um computador, que já consegue transformar qualquer imagem em um quadro desses artistas em pouquíssimo tempo.

Pesquisadores alemães revelaram a criação de um algoritmo que se aproveita do estilo característico de diferentes pintores ao longo dos séculos para criar filtros semelhantes que podem ser aplicados em qualquer outra imagem. Basicamente, é como se ele conseguisse imitar a particularidade de cada um desses grandes nomes para reproduzi-las infinitamente em qualquer outra cena.

Conforme revelado pelos criadores da novidade, todo o processo leva cerca de uma hora para ser finalizado. Pode parecer muito quando falamos de um computador, mas basta levarmos em consideração que muitos dos quadros que servem de "inspiração" levaram anos para serem concluídos e a velocidade com a qual a máquina consegue replicar o efeito é surpreendentemente rápida. Ainda assim, os pesquisadores dizem que é possível diminuir esse tempo à medida que eles forem aprimorando a tecnologia.

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E o resultado apresentado realmente impressiona. Para exemplificar o funcionamento do algoritmo, os estudiosos pegaram uma foto genérica e fizeram cinco releituras a partir do estilo de artistas como Van Gogh e Edward Munch para mostrar como o trabalho final realmente se aproxima daquilo que realmente seria feito por esses gênios. Outro teste mostrou como seria um quadro de Gandalf, da série O Senhor dos Anéis, caso ele tivesse sido pintado por Pablo Picasso.

O algoritmo não foi liberado pelos pesquisadores, mas eles explicam que o funcionamento se baseia na identificação e classificação de padrões em enormes quantidades de dados. Para isso, ele recorta infinitos trechos da obra original para reconhecer o estilo e, a partir do chamado convolutional neural network — uma tecnologia usada pelos cientistas alemães para que o algoritmo simule o trabalho do cérebro humano —, ele aplica aquela lógica na nova imagem.

De acordo com Leon Gatys, pesquisador da universidade de Tuebingen e um dos autores do artigo que detalha o funcionamento da novidade, a principal descoberta com o algoritmo é que o estilo e as representações do conteúdo podem ser feitos de maneira separada dentro de todo o processo neural. Isso significa, segundo ele, que é possível manipular cada um desses elementos de maneira independente para produzir novas imagens.

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Só que, por mais incrível que tudo isso pareça, a novidade não significa que as máquinas estão ficando mais inteligentes e que o juízo final de O Exterminador do Futuro está chegando. Longe de ser uma Skynet, a descoberta demonstra apenas como é possível separar o estilo do objeto representado para aplicar isso de diferentes maneiras — já imaginou um filtro Van Gogh no Instagram ou um Picasso para revolucionar suas selfies? Porém, isso não faz com que seu computador seja uma artista, uma vez que ele ainda é incapaz de criar, apenas reproduzindo e replicando algo. O fator criatividade continua fora da jogada e sendo uma exclusividade nossa.

Fonte: Washington Post, Mashable