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YouTube ganha função para marcar vídeo alterado por IA

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Reprodução/YouTube
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O YouTube lançou uma ferramenta no Estúdio de Criação para informar se o canal usou IA para modificar um vídeo. A medida, quando usada, exibe um aviso de “conteúdo alterado ou sintético”.

A intenção da plataforma é aplicar o alerta para ajudar a comunidade em conteúdos realistas, descritos pela própria empresa como um “conteúdo em que o espectador pode facilmente confundir uma pessoa, lugar ou evento real”. Inicialmente, a marcação aparece na descrição do post, mas também fica presente no reprodutor do vídeo em temas mais delicados, como saúde, notícias, eleições e finanças.

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A empresa listou alguns exemplos que exigem que o canal informe a presença de IA:

  • Simular a aparência de uma pessoa real, como usar um deepfake ou clonar a voz da pessoa com IA para narrar um vídeo;
  • Mudar gravações de eventos ou locais reais, como mostrar um edifício real em chamadas ou mudar a paisagem de uma cidade;
  • Gerar cenas realistas de eventos fictícios, como um tornado rumando em direção a uma cidade.

Por outro lado, a companhia não proíbe o uso de inteligência artificial em outros aspectos da produção do vídeo, como a geração do texto do roteiro ou a criação de legendas automáticas. Não é necessário usar a marcação em filtros de embelezamento, ajustes de cores ou vídeos que claramente não seguem propostas realistas, como um universo fantástico.

A mudança já estava prevista pela empresa desde novembro do ano passado, quando atualizou diretrizes sobre conteúdos sintéticos e anunciou um mecanismo para identificá-los. A princípio, o aviso está disponível no app do YouTube para celulares, mas a intenção é expandir o serviço para computadores e TVs nos próximos meses.

É bom, mas há uma brecha

A nova marcação de conteúdo é importante para conter a desinformação, especialmente pensando nas eleições previstas para 2024, que devem marcar o primeiro grande impacto da IA generativa nos processos eleitorais de vários países. 

Porém, a novidade tem uma brecha: depende da índole de cada usuário porque o dono do canal precisa ativar o aviso de IA manualmente no Estúdio de Criação no momento do upload do vídeo. O YouTube diz que trabalha em medidas futuras para punir quem omite essa informação, inclusive com um aviso de que o conteúdo é adulterado e não foi mencionado pelo autor.

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Aos poucos, mais empresas anunciam formas para denunciar conteúdos criados por IA. A Meta também já anunciou que vai aplicar uma marcação para Facebook e Instagram com o mesmo objetivo, por exemplo, e mais plataformas podem seguir o caminho durante este ano.