Vivaldi não terá ferramentas dedicadas a criptomoedas, afirma CEO
Por Igor Almenara | Editado por Douglas Ciriaco | 14 de Janeiro de 2022 às 16h35
Quando o assunto é criptomoedas, o Vivaldi quer se manter longe até de piadas, esclareceu o CEO da empresa, Jon von Tetzchner, nesta quinta-feira (13). A dona do navegador de mesmo nome planejava fazer uma pegadinha com a ThinkCoin, uma "nova criptomoeda" cujo lastro seria o pensamento dos usuários, mas por medo de acabar sendo levada a sério, desistiu da ideia e, num artigo, compartilhou a opinião dele sobre a moda do momento.
- Como usar o Shazam no Chrome para reconhecer uma música
- Firefox não carrega um site após atualização? Aqui está a solução
Para o executivo, criptomoedas são “nada além de um esquema de pirâmide se passando por moeda”. “Se em algum momento pararmos de encontrar pessoas dispostas a comprar esses tokens apenas com a promessa de que valerão mais no futuro, todo o esquema pode desmoronar, com o valor de todos os tokens indo para zero”, opinou o CEO.
A principal preocupação de Tetzchner é sobre o consumo energético necessário para sustentar as blockchains, redes de computadores que asseguram a autenticidade das moedas e transações digitais. “O uso de energia do bitcoin por si só é impressionante, consumindo tanta eletricidade quanto alguns países inteiros”, disse o executivo.
Vivaldi vs. criptos
O Vivaldi é conhecido pelas ferramentas de personalização embutidas e, já que é uma moda recente, existem pessoas que esperam implementações com criptomoedas no navegador, como integração nativa com carteiras ou corretoras. Contudo, isso não deve acontecer.
“Nós nos recusamos a ver esses golpes como oportunidades. Em vez disso, encorajamos você a tratá-los com o ceticismo que merecem. Este pode ser um jogo para alguns investidores de criptomoedas curiosos e especuladores ricos, mas para aqueles azarados o suficiente para serem pegos pelo esquema de pirâmide, pode ser devastador”, pontuou Jon von Tetzchner.
Navegadores concorrentes, como Brave oferecem soluções para investidores do mercado de criptomoedas, como ferramentas integradas aos navegadores, suporte ao catálogo variado de carteiras e mais. Até mesmo a Mozilla, dona do Firefox, anunciou que aceitaria doações em criptomoedas, para só depois desistir da ideia devido a brusca reação da comunidade e de fundadores.
Fonte: Vivaldi