Terroristas usam Telegram para adquirirem bitcoins, aponta estudo
Por Rafael Arbulu | 02 de Setembro de 2019 às 09h33
Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio (MEMRI) promete levar uma dor de cabeça considerável ao Telegram: segundo a pesquisa, o app de mensagens instantâneas criado pelos irmãos russos Nikolai e Pavel Durov é a plataforma preferida de grupos terroristas que buscam angariar fundos e movimentar criptomoedas.
O estudo, que menciona Al-Qaeda, HAMAS e o Estado Islâmico, afirma que membros desses grupos utilizam o mensageiro para ingressar em diversos canais e grupos de discussão a fim de convencer internautas a “contribuírem com a Resistência Islâmica”, requisitando por ofertas e doações de bitcoin.
A notícia vem em momento ruim, haja vista que o Telegram tem planos de lançar a sua própria criptomoeda em outubro de 2019. A informação — ou a falta dela — vem com adendos que demonstram que o silêncio do Telegram sobre o assunto se dá com o objetivo de evitar pressões de entidades globais regulatórias.
Tal situação é atualmente vivida pelo Facebook, que paralisou o processo de lançamento da sua criptomoeda Libra após preocupações da secretaria de estado dos EUA sobre a possibilidade de seu uso por organizações terroristas. O Facebook se prontificou a esclarecer todas as dúvidas que fossem necessárias antes de lançá-la.
O Telegram não comentou as conclusões do estudo do MEMRI.