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Telegram vira centro de comércio de produtos e serviços ilegais

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 12 de Maio de 2021 às 16h20

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Canaltech/Felipe Freitas
Canaltech/Felipe Freitas
Tudo sobre Telegram

Especialistas em segurança digital do NortonLifeLock encontraram um mercado ilegal em funcionamento em grupos do Telegram. Golpistas, fraudadores e vendedores comercializam todo tipo de coisa que não se encontra à luz do dia: vacinas da COVID-19, base de dados com informações sobre pessoas, programas piratas e programas para atividades criminosas.

Os bandidos se valem dos recursos de criptografia do programa de bate-papo para se esconder no anonimato. Essa funcionalidade serve, na verdade, para garantir segurança e privacidade para o usuário, mas também pode ser usada para se esconder nas sombras.

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Um dos itens mais populares à venda são documentos falsos e informações pessoais, o que inclui números de CPF, endereço, telefones, dados bancários e até cartões de crédito. De posse disso, os criminosos podem criar perfis falsos em lojas, redes sociais e outras plataformas.

Com o atual momento de pandemia, um produto específico tem se destacado: a venda de imunizantes contra o coronavírus. Tem vacina da Pfizer, Astrazenica, Moderna e outras, com preços que variam entre US$ 100 e US$ 150 (algo entre R$ 526 e R$ 789).

Alguns criminosos também comercializam ferramentas e serviços para facilitar crimes cibernéticos, como programas para invasão de máquinas e botnets para realização de ataques de negação de serviço (DDoS) — usadas para tirar sites do ar. Quando combinados com técnicas corretas, esses softwares podem causar estragos em companhias.

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Todos os vendedores aparentam ser de fora do Brasil, mas não há como ter certeza, porque isso faz parte do processo de camuflagem para evitar problemas com as autoridades policiais. Quando as encomendas envolvem entregas físicas, os criminosos costumam usar transportadoras irregulares ou não oficiais.

Os dois gumes da criptografia

Com a camada de proteção oferecida pelos dados criptografados, somente pessoas autorizadas conseguem ler o conteúdo. Ainda que a polícia acesse as conversas, não consegue decodificar o conteúdo. Os criminosos também não costumam facilitar e usam contas falsas para despistar.

Os pagamentos normalmente são feitos em criptomoedas, que são praticamente impossíveis de rastrear, e sem qualquer comprovante. Toda transação é feita na base da confiança, o que pode gerar prejuízo para muita gente que se "aventura" nesse mercado ilegal.

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A criptografia em chats tem se tornado algo indispensável para muitos usuários. Desde que o WhatsApp anunciou que repassaria dados dos seus usuários para o Facebook, a luz vermelha se acendeu na cabeça de muita gente. O questionamento é para qual finalidade a rede social usaria tais dados se não fosse para ofertar publicidade direcionada.

O compartilhamento de dados com o Facebook já acontece, em certo nível, desde 2016, mas era uma condição opcional. A mudança, agora, impõe o fornecimento de informações, mas garante que a privacidade jamais seria violada e que a criptografia de ponta a ponta não está em jogo.

Fonte: TechRadar