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Telegram é banido do Irã e substituído por app com sticker de “morte à América”

Por| 30 de Abril de 2018 às 18h50

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Reprodução/Pinterest
Reprodução/Pinterest

Há duas semanas, o governo iraniano já mostrava sinais de que pretendia banir no país o uso do Telegram, um dos principais mensageiros usados no local. Agora, contudo, a licença para operar no Irã foi revogada, o que significa o banimento do app do país. Junto disso, foi lançado um outro mensageiro semelhante endossado pelo governo, o qual possui stickers com a frase “morte à América”.

Segundo reportagem da Al Jazeera, o app se chama Soroush e foi lançado no mesmo dia em que o Telegram deixou de poder funcionar na região. Tal qual seu similar, o Soroush tem stickers para serem baixados de uma biblioteca oficial.

A televisão estatal iraniana já está divulgando que o Telegram foi oficialmente banido do país. “Considerando várias reclamações contra o aplicativo de rede social Telegram por cidadãos iranianos, e com base na demanda de organizações de segurança para confrontar as atividades ilegais do Telegram, o Judiciário proibiu seu uso no Irã", diz a TV estatal.

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Com isso, o governo deu até o dia 30 de abril para que as provedoras de internet bloqueiem tanto o aplicativo quanto a versão web do Telegram. Atualmente, o Telegram é um dos mensageiros mais acessados do país. O Irã tem tem 40 milhões de usuários do aplicativo, sendo que a população conectada à internet é de 50 milhões de pessoas. Em março deste ano, o país já havia derrubado tanto o aplicativo de mensagens quanto o Instagram durante protestos.

Em abril, o Aiatolá Khamenei, líder político e religioso do Irã, havia proibido que entidades governamentais usassem o app. Na época, o governo havia acusado o Telegram de monopólio e disse que queria apoiar aplicativos desenvolvidos do país.

Este é o segundo caso de banimento que o Telegram tem de enfrentar no mês. O governo russo também proibiu o aplicativo após a empresa ter se recusado a entregar chaves de criptografia para a investigação de usuários por parte das autoridades. Um dos criadores do app, Pavel Durov, tentou se defender dizendo que esta é uma quebra do direito de sigilo dos usuários, mas mesmo assim, o aplicativo foi proibido no país.

Fonte: Yahoo, Android Police, Al Jazeera