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Quem é Rosane Mattos Kaingang, a homenageada de hoje pelo Google

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 03 de Junho de 2022 às 09h17

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Reprodução/Google
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O Doodle do Google de hoje (3) celebra a vida e a luta da ativista indígena brasileira Rosane Mattos Kaingang. Descendente do povo Kaingang, grupo que residia os estados da região Sul do Brasil, a mulher teve papel fundamental na representação indígena no Conselho de Direitos Humanos (CNDH) e na defesa de direitos dos nativos.

Foi hoje, mas em 1992, que Rosane Kaingang iniciou sua vida voltada para o movimento indígena durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ECO-92, sediada no Rio de Janeiro. Kaingang defendeu os direitos dos indígenas no reconhecimento de territórios, desenvolvimento comunitário sustentável, acesso à educação e garantia de atendimento médico de qualidade.

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O nome indígena da ativista era Kokoj, que significa “beija-flor”, e foi concedido a ela durante uma cerimônia em homenagem à sua bisavó, que viveu 120 anos. Seu nome e seus futuros trabalhos foram inteiramente voltados para o desenvolvimento de uma presença indígena mais forte no país.

Luta pelos direitos indígenas

“Cada povo tem sua forma de olhar, sua cosmovisão, sua forma de ver e viver, sua forma do uso da terra, sua forma de pintura, a cultura tradicional, então nós somos diferentes, somos povos diferentes uns dos outros. Mas o que nos une é a luta pela terra, pelo território, isso nos une fortemente, e a luta pela preservação dos direitos”, disse Rosane Mattos Kaingang em entrevista para a Revista Insurgência, em 2015.

Mattos foi uma das fundadoras do Conselho Nacional de Mulheres Indígenas do Brasil (Conami), importantíssimo para a consolidação de movimentos de mulheres indígenas. Ela também representou vários grupos que demandavam reformas sociais, incluindo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), a Articulação dos Povos Indígenas do Sul (Arpinsul) e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

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Rosane Kaingang difundiu seus anseios pela comunidade indígena em dezenas de seminários, audiências, reuniões e manifestações. Em outubro 2016, porém, a ativista faleceu devido a um câncer.