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Mozilla quer revelar o alcance do Facebook na hora de rastrear você na web

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 11 de Janeiro de 2022 às 16h25

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Imagem:  Kaitlyn Baker/Unsplash
Imagem: Kaitlyn Baker/Unsplash
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A Mozilla anunciou um programa cujo objetivo é mostrar para o usuário como a Meta rastreia, coleta e utiliza os dados pessoais. O FacebookPixel Hunt será realizado pela The MarkupTeam, organização dos Estados Unidos sem fins lucrativos voltado para jornalismo orientado a dados, em parceria com a Rally, a plataforma de compartilhamento de dados da Mozilla que prioriza a privacidade.

Conforme a organização, a ação terá como foco a cobertura ética e o impacto da tecnologia na sociedade, com apoio dos usuários voluntários do Firefox. O site do projeto revela que o Facebook pode coletar informações sobre as pessoas na web mesmo se não tiver conta cadastrada no serviço, o que levanta uma série de debates sobre privacidade online.

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“Uma maneira de o Facebook realizar esse rastreamento é por meio de uma rede de 'pixels' que podem ser instalados em muitos dos sites que você visita. Ao participar deste estudo, você ajudará Rally e Markup Team a investigar e relatar onde o Facebook está rastreando você e que tipo de informação eles estão coletando”, diz o comunicado na página.

Pesquisa analisará rastreamento na web

Para ajudar na coleta de dados, os voluntários precisarão instalar o Rally e se inscrever no estudo Facebook Pixel Hunt. Feito isso, não será necessário ter nenhum outro tipo de ação: basta navegar normalmente para que os dados sejam gerados e enviados para análise das duas empresas. A coleta começa a partir da autorização e vai até o dia 13 de julho de 2022 — vale destacar que, até o momento, apenas usuários baseados nos EUA pode participar dos estudos ligados ao Rally.

O Rally foi lançado em junho de 2021 como uma extensão para o popular navegador da organização no intuito de aumentar a conscientização sobre o valor dos dados das pessoas. Há quem costume dizer que não se importa em ser rastreado na web, porém a Mozilla quer mostrar o quão perigosa é essa crença.

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Informações obtidas a partir do uso da extensão são usadas para apoiar vários estudos. Um dos primeiros lançados era vinculado ao Centro de Políticas de Tecnologia da Informação da Universidade de Princeton e tinha como enfoque fake news e desinformação sobre a covid-19 em serviços digitais. Outra pesquisa foi associada à Escola de Negócios da Universidade de Stanford e tinha como foco descobrir como as pessoas consomem notícias e o impacto que os anúncios têm nos consumidores.

Como os pixels do Facebook funcionam

Desta vez, o utilitário será usado para embasar uma pesquisa com uma organização de jornalistas independentes e sem vínculos acadêmicos. Com o apoio da imprensa, é possível que sejam esclarecidos fatos ligados ao pixel de rastreamento da Meta e como a gigante das mídias sociais impacta a vida do usuário na web.

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A Meta é alvo de críticas pela forma como lida com dados do usuário, em geral direcionado para venda de publicidade online. No entanto, em casos específicos, a companhia foi acusada de fornecer dados irregulares (sem consentimento das pessoas) a consultorias externas, como no caso do escândalo da Cambridge Analytica, para fins políticos.

Fonte: Rally