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Homem gasta R$ 12 mil do FGTS no Jogo do Tigrinho e perde

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Reprodução/Instagram
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O “Jogo do Tigrinho” é um jogo de azar ilegal que tem causado dor de cabeça para muitas pessoas. Exemplo disso é o funcionário de uma distribuidora de alimentos de Alagoas que gastou R$ 12 mil do FGTS e não conseguiu reaver o dinheiro. O caso foi divulgado no programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (23).

Todo dinheiro se foi

Já é comum se deparar com anúncios do game Fortune Tiger nas redes sociais, mas as coisas pioram quando os relatos são de pessoas que perderam dinheiro na "brincadeira" . É o caso de um trabalhador de Maceió (AL) que, após perder dinheiro da primeira vez, passou a gastar ainda mais para tentar amenizar o prejuízo.

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“Chegava final do mês na empresa, meu salário caía, eu depositava R$ 50 e perdia. Ficava naquela coisa de jogar mais para recuperar o dinheiro”, apontou o rapaz que não quis ser identificado.

Como consequência, esse processo de tentar ter o valor de volta acabou se tornando um buraco sem fundo. “Foi tudo embora. Tanto salário, quanto FGTS. Gastei meu FGTS todinho, R$ 12 mil”, destaca o homem.

Outros funcionários caíram no conto do tigrinho

O caso do maceioense não é exclusivo, já que outros funcionários da mesma companhia também perderam dinheiro no “Jogo do Tigrinho” — é o que afirmou o empresário Rafael Tenório.

“O pessoal pedia adiantamento de férias, antecipação de 13º salário, empréstimo”, disse ao programa da Globo. “Procuravam o departamento pessoal para tentar fazer acordo para se desligar da empresa. Incluindo funcionários com mais de dez anos na firma”, concluiu.

A Polícia Civil de Maceió apontou que 12 influenciadores digitais fazem parte de uma organização criminosa que foca em divulgar o título e prender mais pessoas no vício da jogatina. Em São Paulo, a 3ª Delegacia de Investigações Gerais registrou mais de 500 boletins de ocorrência atrelados ao game.

Vale lembrar que o game Fortune Tiger é um jogo de azar e é ilegal no Brasil, mas como se trata de um produto estrangeiro sem sede no país, ele acaba se desvencilhando das regras nacionais. A Justiça brasileira faz operações para tentar impedir a divulgação do “jogo do tigrinho”, já que é uma das únicas formas de evitar mais casos como os dos funcionários da empresa em Maceió.