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Fundador da Kaspersky critica pedido de desinstalação de antivírus por alemães

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 25 de Março de 2022 às 12h11

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O fundador e presidente da Kaspersky, Eugene Kaspersky, publicou uma carta aberta na qual comenta sobre a decisão do Escritório Federal de Segurança da Informação (BSI) da Alemanha de recomendar que empresas desinstalem produtos da companhia. A alegação seria que a firma russa poderia ser usada pelo governo de Vladimir Putin para espionar inimigos.

Para piorar, usuários foram às redes sociais para questionar a empresa e exibir prints com supostos links que direcionariam para um endereço .ru vinculado aos militares da Rússia. Esse conjunto de acontecimentos levou muita gente a ficar com um pé atrás com uma das maiores empresas de cibersegurança do mundo.

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Sem entrar em detalhes, Eugene disse que tais afirmações são meras especulações que não têm fundamentação objetiva ou técnica. "Nos vinte e cinco anos de história da empresa, nunca se descobriu nem se provou nenhuma evidência de uso ou abuso da Kaspersky para fins maliciosos, apesar das inúmeras tentativas nesse sentido", ponderou o executivo.

Na avaliação de Kaspersky, a decisão do BSI foi motivada unicamente por motivos políticos. Ele criticou o fato de que a organização defende "a objetividade, a transparência e a competência técnica",mas abandonou os princípios "da noite para o dia".

Falta de diálogo do BSI com a Kaspersky

O executivo afirma ainda que teve apenas algumas horas para entender e responder às acusações feitas pelo BSI. "Isto não é um convite ao diálogo, isto é um insulto", criticou. Ele reforça que a decisão do órgão alemão seria apenas um ataque injustificado contra Kaspersky e todos os seus colaboradores, especialmente os que trabalham na Europa.

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Ele lembrou que o BSI ou qualquer outro órgão regulador pode visitar os Centros de Transparência da Kaspersky na Europa, onde estariam localizados servidores e a infraestrutura dos produtos da companhia, para realizar auditorias no "código-fonte, mecanismos de atualização, arquitetura e processos". O executivo ressalta que todos os dados de clientes europeus ficam armazenados na Suíça e não na Rússia.

Eugene Kaspersky relata também que o dano causado à reputação do seu negócio foi significativo. "A única pergunta que faço é: com qual finalidade? Não ter a Kaspersky na Alemanha não fará com que a Alemanha ou a Europa estejam mais seguras", concluiu.

Por fim, o fundador da empresa de cibersegurança disse que está aberto ao diálogo e disposto a esclarecer tudo "de forma objetiva, técnica e honesta". "Estou totalmente empenhado em fornecer qualquer informação e cooperação que sejam necessárias da Kaspersky durante este processo", finalizou.

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A invasão da Ucrânia pela Rússia é um marco na história que vai além da destruição e das mortes. Empresas ocidentais aplicaram sanções pesadas contra os russos, o que inclui também as empresas fundadas no país. Resta saber agora se o BSI e outras entidades regulatórias vão buscar uma aproximação com a Kaspersky ou se manterão a recomendação.

Fonte: Kaspersky