Editoras parceiras já reclamam de experiência ruim no Apple News+
Por Rafael Arbulu | 15 de Abril de 2019 às 22h50
Com aproximadamente um mês de vida, o serviço Apple News+, anunciado pela Apple em março deste ano, já enfrenta reclamações de algumas das editoras parceiras. Segundo informações do site Digiday, as empresas que adotaram o serviço de assinatura da Maçã como vetor de conteúdo para seus públicos-alvo reclamam que a Apple está apenas se importando com a receita gerada pela agregação destes conteúdos, ao invés de trazer uma experiência agradável a elas e seus usuários.
As reclamações são variadas, mas em sua maioria, norteiam erros de formatação e design na exibição dos templates de cada canal de notícias dentro do serviço Apple News+. Também há relatos de uma promessa não cumprida de que o app seria capaz de converter material impresso em conteúdo pronto para visualização na web. Finalmente, algumas editoras reclamam que a Apple está “jogando com favoritos”, convidando apenas alguns de seus parceiros para um canal privado no Slack e alienando outros, para assistência técnica.
O resultado disso é o de que algumas editoras estão apenas enviando seus materiais em PDF, ao passo que outras preferem seguir o caminho mais longo — e mais caro — de editarem seus materiais uma segunda vez, especificamente para o formato do Apple News+. Tudo isso sem ter nenhuma previsão ou expectativa de quanta receita será gerada pela publicação de seus conteúdos dentro do serviço.
Para o lado do usuário, também há complicações, dizem as reclamantes, que alegam que eles deverão agora navegar por PDFs com design similar, com um pequeno número de visuais customizados, o que confunde a experiência. “Quando você pensa em ‘Apple’, se lembra de que eles têm uma enorme consciência no design. Isso não aparenta ter essa atenção”, disse uma das publishers, que o site não nomeia por pedido de anonimato.
O serviço Apple News+ é uma reformulação do Texture, serviço de assinatura de revistas que a Apple adquiriu no início de 2018. Segundo a empresa, ele traz aproximadamente 300 publicações — incluindo algumas fechadas por paywall — por valores de US$ 10 mensais. A empresa não comentou publicamente sobre as informações das parceiras reclamantes.
Fonte: Digiday