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CodeWall | Pai desenvolveu app para limitar uso de internet de crianças

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Divulgação/CodeBit
Divulgação/CodeBit

O controle do tempo de tela e do consumo de telas das crianças é uma tarefa desafiadora: ainda que as plataformas tenham opções de controle parental, pais e mães precisam aplicar soluções separadas em cada aparelho. Pensando nesse cenário, a startup brasileira CodeBit criou o app CodeWall em 2022, que limita o acesso de cada dispositivo à internet.

A ideia surgiu após o CEO da empresa, Heitor Cunha, notar o problema dentro da própria casa: ele é pai e percebeu o interesse crescente do filho nas telas. “Cada vez mais eu o via muito imerso em telas, como por exemplo Netflix e YouTube. Por mais que eu travasse alguns aplicativos, ele estava começando a ficar muito em telas, um comportamento em ascendente”, explicou o executivo em entrevista com o Canaltech.

O que é e como funciona o CodeWall

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O CodeWall é um aplicativo que permite controlar o tráfego de dados e o acesso à internet de todos os dispositivos conectados a uma rede Wi-Fi. Dessa forma, pais, mães e responsáveis podem configurar quanto tempo os filhos podem ficar online por dia e aplicar os limites em diferentes aparelhos, como celular, TV e console de videogame. 

Para isso, o app exige a instalação de um roteador extra, conectado ao modem ou roteador comum da casa — o aparelho funciona como uma “barreira” que permite distribuir o tráfego para cada item conectado.

O serviço é pago, com planos a partir de R$ 24,90 por mês, e compatível com as principais operadoras de internet do país. É necessário instalar um roteador específico da marca Mikrotik, adaptado para demandas mais específicas de tráfego, portanto não é possível assinar o app e usar o aparelho convencional. 

Opção para todas as plataformas

De acordo com o CEO, o diferencial do CodeWall é funcionar como uma plataforma centralizada, ou seja, capaz de funcionar com vários sistemas operacionais ao mesmo tempo. “Você tem vários aplicativos de controle parental, só que estão todos descentralizados”, explica Heitor Cunha. “Se configurar no celular dele um um aplicativo de controle parental, só serve para o celular. Aí acabava o tempo do celular, ele ia para a televisão”, completa.

O executivo ainda destaca as opções de personalização do app: 

“O aplicativo faz um controle de todos os dispositivos que estão conectados na internet, então você consegue vincular esses dispositivos da pessoas e estabelecer rotinas de uso, seja para a família inteira, seja para uma pessoa. Pode funcionar algumas horas por dia, pode parar de funcionar na hora de dormir ou operar de forma intermitente, para evitar uma sequência muito grande, como habilitar o uso só nas horas pares”, detalha. 

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Atenção com a privacidade

O aplicativo tem acesso a informações sobre os dispositivos conectados, mas não identifica como cada pessoa gasta o tempo na internet. A informação está presente nos termos de uso e foi reforçada pelo CEO: “nós não catalogamos nenhum site trafegado. Não existe essa função porque não coletamos dados sobre quais sites foram acessados, somente o tempo de tráfego”, comenta.

A medida reforça a privacidade de cada indivíduo, enquanto o bloqueio é aplicado pela rede. Dessa forma, um pai ou mãe não consegue descobrir em qual app o filho passou mais tempo ou qual foi o site mais acessado — esta tarefa fica por conta das ferramentas de cada sistema operacional, como o Family Link do Google.

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Necessidade de educação

Apesar dos benefícios do CodeWall, o CEO ainda reforça a importância de limitar o tempo de tela das crianças a partir de diferentes métodos. A empresa oferece uma espécie de “consultoria” para informar os assinantes sobre os riscos de expor a criança sem controle de tempo e trabalha em atuação com psicólogos para saber mais sobre o tema.

”Às vezes os pais não têm a real dimensão do risco que é usar isso [internet] sem controle. Indepentende de usar o CloudWall ou não, tem que olhar com carinho e tomar o devido cuidado”, afirma o CEO.

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Você também pode conferir um guia prático de como configurar um celular com Android ou iOS para uma criança, além de acessar recursos de controle parental em apps específicos, como YouTube e TikTok.