Brecha no WhatsApp permite salvar fotos e vídeos de visualização única
Por Guilherme Haas |
Uma falha no recurso de "visualização única" do WhatsApp permite que fotos e vídeos, que deveriam desaparecer após serem abertos, sejam salvos por destinatários. A vulnerabilidade foi descoberta pelo pesquisador de segurança Tal Be’ery, que demonstrou como o problema pode ser explorado ao utilizar a versão web do aplicativo de mensagens.
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Be’ery, que também é CTO e cofundador da carteira de criptomoedas Zengo, detalhou o problema em uma publicação no blog da companhia.
Brecha na visualização única do WhatsApp
O recurso "visualização única", lançado em 2021, foi projetado para funcionar apenas nos aplicativos do WhatsApp para Android e iOS. Quando usuários tentam acessar conteúdos de "visualização única" via desktop ou navegador, recebem uma mensagem informando que apenas os aplicativos móveis permitem essa função.
Contudo, a falha permite que, ao acessar o WhatsApp pelo navegador, seja possível contornar essa restrição e salvar o conteúdo. Be’ery gravou uma demonstração do problema de segurança do mensageiro e comunicou a Meta sobre a descoberta.
“A única coisa pior do que nenhuma privacidade é uma falsa sensação de privacidade na qual os usuários são levados a acreditar que algumas formas de comunicação são privadas quando, na verdade, não são”, escreveu Be'ery em sua publicação.
Em resposta à descoberta, um porta-voz do WhatsApp informou ao site TechCrunch que a empresa está ciente da vulnerabilidade e já trabalha em uma atualização para corrigir o problema no WhatsApp Web. No entanto, não foi informada uma data para a correção definitiva. Enquanto a atualização não é lançada, o WhatsApp recomenda que usuários enviem mensagens de "visualização única" apenas para pessoas de confiança.
Essa falha não é a primeira a ser identificada envolvendo o recurso. Relatos sobre métodos para burlar a "visualização única" podem ser encontrados nas redes sociais. Além disso, extensões de navegadores também prometem contar o recurso de privacidade do mensageiro, ampliando a preocupação com a segurança dessa função.
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Fonte: Zengo, TechCrunch