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Tempestade de ataques virtuais se aproxima do Brasil, alerta especialista

Por| Editado por Claudio Yuge | 27 de Maio de 2021 às 16h40

Reprodução
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Parte essencial do cotidiano de todas as camadas da população, os smartphones serão os principais alvos dos ataques virtuais realizados no Brasil durante o segundo semestre de 2021. O alerta é feito por Augusto Schmoisman, especialista em segurança cibernética e CEO da Citadel Brasil, que afirma que “uma nova tempestade se aproxima para as empresas e o poder judiciário”.

Schmoisman acredita que o Brasil vai ser uma grande vítima de ataques devido ao fato de a maioria das pessoas ainda desconhecerem medidas básicas de proteção e as ameaças que rondam o segmento. Isso abre espaço para que malwares atuem na extração de dados pessoais e no monitoramento de atividades, especialmente entre jovens, executivos e políticos.

Smartphones se tornam alvos especialmente interessantes devido à grande carga de informações que carregam. Além de armazenarem automaticamente senhas de acesso para aplicativos e sites e guardar fotografias com dados pessoais, os aparelhos também possuem microfones e câmeras potentes,que podem ser usados como ferramentas de espionagem.

Blindagem de aparelhos surge como opção

O CEO da Citadel Brasil explica que, além de soluções de criptografia, hoje em dia há como fazer processos que blindam dispositivos e evitam a extração de dados. “Se o aparelho não pode ser interceptado por um malware, ele não fica vulnerável a esses tipos de ataques que visam pegar as chaves para descriptografar mensagens e ligações encriptadas”, explica.

Ele reconhece que essa opção não está disponível para todo mundo, visto os custos envolvidos no licenciamento dos softwares de proteção — o que não deve impedir que executivos, políticos e qualquer um que lide com dados sensíveis de procurá-la. Para aqueles que não podem arcar com os custos, há soluções que garantem proteção adicional ao impedir que o smartphone armazene senhas de acesso.

“A forma 100% segura é que os dois aparelhos em ligação ou troca de mensagens sejam encriptados pelo mesmo sistema e que não sejam vulneráveis a malware por meio da blindagem”, explica Schmoisman. “Se não for possível realizar a blindagem, ter uma ligação encriptada diminui bastante os riscos, mas não é totalmente seguro”.

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Segundo dados divulgados pela Citadel Brasil, somente em 2020 foram registradas mais de 8,4 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no Brasil — número que chegou a 41 bilhões na América Latina e Caribe. Em um momento no qual somente 41% das empresas brasileiras possuem políticas de segurança e o Home Office traz mais aparelhos pessoais para o ambiente profissional, as previsões de Schomoisman não parecem assim tão apocalípticas.