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Investidores de alto padrão são alvo de golpe de criptomoedas no Telegram

Por| Editado por Claudio Yuge | 07 de Dezembro de 2022 às 22h20

Quantitatives/Unsplash
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Investidores de alto padrão em criptomoedas estão sendo alvo de uma campanha direcionada, que seleciona vítimas a dedo a partir de grupos no Telegram. Os espaços, usados por corretoras e empresas do setor para facilitar o contato com seus principais clientes, estão sendo infiltrados por cibercriminosos, que acabam enganando os indivíduos de interesse e os contaminando com malware.

Pelo menos uma pessoa já foi atingida pela onda de golpes, cujo total de vítimas pode ser maior. De acordo com a Microsoft, o objetivo final do grupo cibercriminoso DEV-0139 é obter lucro financeiro a partir do roubo de dados e desvio de ativos, enquanto a empresa de inteligência de ameaças Volexity associou os ataques ao Lazarus, quadrilha que trabalha a serviço do governo da Coreia do Norte, com o roubo de criptomoedas sendo usado para financiar o regime.

Seja quem for o responsável, as indicações são de golpes direcionados, nos quais os criminosos se passam por representantes de câmbios e companhias legítimas do mercado de criptomoedas. A partir da intrusão nos grupos de clientes VIP, eles convidam as vítimas para outros chats ligados à falsa empresa, onde receberiam consultoria e ofertas exclusivas de investimento.

A contaminação acontece quando o alvo recebe uma planilha do Excel com valores e detalhes reais, comparando tarifas cobradas por diferentes empresas, mas que também contam com macros anexados, que extraem uma DLL maliciosa a partir de uma imagem hospedada na internet. A partir daí, está instalada uma backdoor que dá acesso remoto ao computador da vítima e também é capaz de entregar um segundo pacote, o CryptoDashboardV2, capaz de desviar transferências de criptomoedas.

Investidores de alto padrão são alvo de golpe de criptomoedas no Telegram
Grupos exclusivos para investidores de alto padrão são usados para fazer vítimas, que recebem planilha maliciosa com valores de tarifa entre diferentes empresas de criptomoedas (Imagem: Reprodução/Volexity)

A engenharia social faz com que o indivíduo visado confie em quem enviou o arquivo, que é trancado por senha de forma a evitar a detecção imediata dos macros. Essa suposta garantia também aumenta a chance de o usuário dar todas as permissões necessárias para a execução dos malwares, ampliando a chance de sucesso de um golpe que, no final, acaba sendo bem lucrativo.

De acordo com a Microsoft, os golpes foram descobertos por seus sistemas de monitoramento de ameaças, que têm o DEV-0139 como um dos bandos cuja atividade é acompanhada. Já no caso da Volexity, a associação com o Lazarus veio pelo uso de sites que já apareceram em ataques anteriores da quadrilha, bem como no próprio método, com a planilha de comparação de tarifas já tendo aparecido em golpes registrados nos últimos meses, mas entregando outros tipos de malware.

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As vítimas localizadas foram notificadas e receberam auxílio para proteger novamente as carteiras e contas possivelmente acessadas pelos bandidos. A todos, a Microsoft também reforçou o alerta quanto a mensagens privadas e arquivos anexados, que só devem ser abertos caso se tenha certeza da origem; o mesmo também vale para os papos, com propostas devendo ser ignoradas, a não ser que o usuário se certifique de que são verdadeiras.

Fonte: Microsoft, Volexity