Com desemprego em alta, cresce número de golpes ofertando vagas falsas
Por Ramon de Souza | 20 de Agosto de 2020 às 19h15
A crise do novo coronavírus (SARS-CoV-2) fez com as taxas de desemprego disparassem no Brasil. Muitas empresas não conseguiram se “digitalizar” e se viram obrigadas a fechar as portas pela obrigatoriedade de dispensar seus funcionários. Com isso, é natural que muitos internautas tenham decidido usar a internet para procurar uma recolocação profissional — o problema é que os criminosos cibernéticos não tardaram em perceber isso.
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De acordo com um levantamento da Kaspersky, a quantia de campanhas de phishings que usam vagas de emprego como mote para roubar dados pessoais têm crescido desde o início da pandemia, em consonância com a taxa de desemprego. Tornou-se extremamente comum encontrar sites fraudulentos ou emails disparados em massa que incentivam o internauta a ceder informações em um formulário ou baixar um anexo contaminado.
“O contexto da pandemia trouxe duas situações favoráveis para o aumento deste golpe: mais pessoas estão à procura de emprego e os contatos estão sendo feitos quase sempre pela internet. As ferramentas de recrutamento online vêm ajudando muitas pessoas a se realocarem no mercado neste momento de crise. Porém, como tudo que permeia a comunicação na internet, exige maior atenção contra pessoas mal intencionadas”, explica Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky.
O especialista lembra ainda como os golpistas brasileiros foram ágeis em se aproveitar de outros assuntos ligados à COVID-19 — como o Auxílio Emergencial e a altíssima demanda por produtos de higiene pessoal — para aplicar fraudes nos internautas desatentos. Segundo Assolini, essa rápida capacidade de adaptação é uma característica marcante do submundo do crime cibernético em nosso país.
Como se proteger?
O ideal é utilizar apenas sites e plataformas de recrutamento que sejam famosas e certificadas, evitando páginas desconhecidas que chegam até você na forma de corrente. Ademais, é sempre bom evitar a exposição de dados pessoais em grupos abertos em qualquer rede social, tal como tomar cuidado com quem você compartilha seu currículo (caso ele possua informações sensíveis).
Fonte: Kaspersky