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WhatsApp vai à Justiça para impedir empresas de realizarem disparos em massa

Por| 13 de Novembro de 2020 às 19h30

Reprodução/Marcos Paulo Prado (Unsplash)
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Duas empresas de disparo em massa no WhatsApp foram proibidas pela Justiça de continuar a oferecer seus serviços. A decisão foi tomada após pedido do próprio mensageiro, que processou as companhias.

O disparo em massa de mensagens com conteúdo político vai contra as regras da plataforma, além de ser vetado pela lei eleitoral. A prática é definida pelo TSE como “envio automatizado ou manual de um mesmo conteúdo para um grande volume de usuários, simultaneamente ou com intervalos de tempo, por meio de qualquer serviço de mensagem ou provedor de aplicação de internet”.

Com base nisso, o WhatsApp foi à Justiça e conseguiu, nesta quarta-feira (11), liminar que impede as empresas Autland e VB Marketing de continuarem a vender e oferecer o serviço de disparo em massa durante as eleições 2020, além de não poderem mais usar o logotipo do mensageiro para fazer propaganda. A plataforma diz que já havia notificado as empresas extrajudicialmente.

De acordo com o site da Folha De S.Paulo, a Autland, que tem sede em Curitiba, “informa que seus serviços incluem extração de dados, postagens em massa em grupos, extrator de grupos, criador de grupos e ‘envio de áudio gravado na hora’. ‘08 ferramentas apenas para WhatsApp' (sic)”. A empresa oferece o serviço para “marketing de empresas e campanhas eleitorais. No site, um banner oferece o ‘cabo eleitoral digital online’”, descreve a publicação.

No site da VB Marketing, uma chamada diz “utilize nossa plataforma e dispare quando quiser”, e não discriminava contra o uso em campanhas eleitorais. De acordo com Lucas Simão Nogueira, sócio da empresa, “tentamos trabalhar com política e não demos sequência”. A plataforma é descrita como um robô que faz o disparo simulando uma pessoa, “mas aí é o cliente [que define]. Eles importam a lista, pegam os próprios números e fazem”, explicou.

Na ação, o WhatsApp argumenta que ambas podem ter trabalhado nas eleições de 2018, o que a VB marketing nega. A reportagem não conseguiu contato com um representante da Autland.

Esforços contra as ‘fake news’

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Desde 2018, quando foi revelado que disparos em massa no aplicativo teriam sido feitos por uma campanha presidencial do Brasil, o WhatsApp tem divulgado medidas contra a disseminação de informações falsas na plataforma. Em abril deste ano, o mensageiro restringiu ainda mais o encaminhamento de mensagens, permitindo o redirecionamento para uma só conversa por vez após cinco compartilhamentos.

“Essa mudança levou a uma redução global, também observada no Brasil, de 70% no número de mensagens frequentemente encaminhadas pelo aplicativo”, disse o WhatsApp, em nota. “O aplicativo também conta com um sistema de integridade para identificar comportamento abusivo e bane cerca de 2 milhões de contas no mundo todos os meses”, completou.

Fonte: Folha de S.Paulo