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Grupo de mulheres anti-Bolsonaro no Facebook é recuperado após ataque hacker

Por| 17 de Setembro de 2018 às 09h24

Grupo de mulheres anti-Bolsonaro no Facebook é recuperado após ataque hacker
Grupo de mulheres anti-Bolsonaro no Facebook é recuperado após ataque hacker
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O grupo “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”, criado no início de setembro em oposição ao candidato à Presidência da República pelo PSL, havia sofrido um ataque hacker no último sábado (15), passando por defacement e troca de identidade para uma de apoio ao deputado carioca. Após desativá-lo por aproximadamente um dia, o Facebook, que viu indícios de ciberataque ao grupo, reativou e devolveu o grupo às suas administradoras originais neste domingo (16).

“Defacement” é um tipo de ciberataque que entra na categoria de “webvandalismo”, geralmente executado no intuito de alterar o visual e/ou conteúdo de uma página da internet. É mais comum em sites avulsos, mas também tem presença forte nas redes sociais.

Grupo de Facebook "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro", com aproximadamente 2,4 milhões de membros, havia sofrido ataque hacker neste final de semana, mas já foi recuperado e devolvido às administradoras originais (Imagem: Reprodução/Facebook)
Grupo de Facebook "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro", com aproximadamente 2,4 milhões de membros, havia sofrido ataque hacker neste final de semana, mas já foi recuperado e devolvido às administradoras originais (Imagem: Reprodução/Facebook)

No início de setembro, o grupo mencionado havia ganhado as manchetes da grande imprensa brasileira por atrair milhares de integrantes mulheres por minuto, atingindo a marca de 2,4 milhões neste último final de semana (entre membros e pessoas convidadas), quando sofreu o ataque. Na ocasião, o invasor alterou o conteúdo e identidade visual para uma de apoio ao deputado federal e candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). Reintitulado “Mulheres com Bolsonaro #17”, imagens de capa, perfil e textos foram alterados e as administradoras originais, excluídas. Pelo menos uma delas, inclusive, teve dados pessoais expostos na internet, segundo relatos publicados por usuários no Facebook.

O ataque gerou uma mobilização massiva de membros, ex-membros e pessoas que se identificassem com a mensagem anti-Bolsonaro, criando grupos diversificados da mesma linha de pensamento. Até o fechamento desta matéria, a busca orgânica do Facebook mostrava mais de 30 subgrupos, alguns delimitados por estado e outros por discursos específicos que o candidato fez no passado. As hashtags “#EleNão” e “#EleNunca” também foram utilizadas em solidariedade ao grupo invadido.

Questionado sobre a autoria dos ataques, o Facebook não se manifestou em identificar o culpado, mas informou que devolveu a propriedade do grupo às administradoras originais, que prontamente mudaram o grau de privacidade do grupo para “secreto”, ou seja, apenas membros conseguem encontrá-lo na busca orgânica da rede e novas integrantes ingressarão apenas via link de convite.