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Google põe criatividade publicitária à prova com marca falsa de pizza

Por| 21 de Agosto de 2018 às 09h40

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Você abre o YouTube, busca aquele vídeo interessante em suas inscrições ou recomendações, dá “play”, mas, antes do conteúdo que você quer, um anúncio: queijo derretendo, aquele barulho da borda quebrando, a fumaça de uma refeição recém-saída do forno, em close, com tudo o que se tem direito sendo levada à mesa de uma pessoa que, prontamente, se deleita no prato saboroso e… Ok, paramos: é um anúncio de pizza da Doctor Fork Pizza.

Parece interessante. Porém, por mais que tenhamos aberto o seu apetite, sentimos lhe informar: a marca não é real. Trata-se de um projeto desenvolvido pela equipe Unskippable Ads, da Google, feito em parceria com o professor de marketing da Brigham Young University, Ryan Elder, para testar a eficácia de se empregar certos processos criativos na criação de uma peça publicitária em vídeo. Se você encomendar uma pizza agora, ninguém vai julgá-lo.

Projeto da Google em parceria com universidade usou anúncios falsos de pizza para testar eficácia de publicidades no YouTube. Vai um pedaço aí?
Projeto da Google em parceria com universidade usou anúncios falsos de pizza para testar eficácia de publicidades no YouTube. Vai um pedaço aí?

O projeto foi elaborado para responder a questionamentos em duas categorias: o efeito de gatilhos sensoriais na eficácia de anúncios e o que se convém chamar de “Homem versus Comida”, ou seja, qual o grau de presença humana realmente necessário em uma publicidade?

Aqui vão algumas informações que o projeto enunciou:

  1. Experiências multissensoriais trazem mais resultados que estimular um ou outro sentido;
  2. Separar o visual do textual (incluindo voice-overs) aumenta favorabilidade;
  3. Instruções específicas à imaginação aumentam a possibilidade do espectador de se lembrar dos anúncios (recall);
  4. Anúncios de comida devem ocupar a maior parte da tela, utilizando tomadas em super close;
  5. “Morder-e-sorrir” não é a única forma de demonstrar prazer na experiência de comer algo;
  6. Públicos-alvo mais jovens respondem melhor a perspectivas em primeira pessoa do que os mais velhos.

“É cada vez mais raro que a pesquisa acadêmica se torne prática e, quando isso ocorre, geralmente é tarde demais para ter algum impacto”, disse o Dr. Elder ao TechCrunch. “Da mesma forma, muitos acadêmicos se concentram mais nas consequências teóricas de uma pesquisa do que em sua prática, limitando o seu impacto. Essa colaboração com a Google criou um ambiente exclusivo, onde o desenvolvimento criativo na publicidade poderia ser fomentado pelo mundo acadêmico, ser testado no mundo real e imediatamente disseminado para o uso de empresas. As conclusões obtidas em larga escala com este experimento levaram a sessões de brainstorm muito produtivas com times de branding e agências”.

Fonte: Techcrunch; Delicious Experiment: Appetite Appeal; Delicious Experiment: Man vs. Food