Como evitar fraudes no pagamento por aproximação
Por Colaborador externo | 20 de Janeiro de 2021 às 10h30
Por Bruno Ribeiro*
Vivemos em uma época na qual a tecnologia e o negócio estão diretamente ligados, vemos que todas as empresas de vanguarda que estão se tornando gigantes sempre tem departamentos de TI ágeis e criativos, sendo que oferecer comodidade e melhorar a experiência do usuário tem sido um grande diferencial para essas companhias. O problema é: com um mercado tão competitivo e tão dinâmico, como evitamos fraudes?
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No início de 2019, os meios de pagamento viveram uma grande transformação com uma série de inovações, dentre elas a aproximação — tanto com o smartphone quanto com o próprio cartão físico da instituição emissora. Porém, em 2020, ocorreu o grande salto na utilização desse recurso.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, durante o primeiro semestre de 2020 houve um crescimento de 330% na utilização desses meios de pagamento, quando comparado ao mesmo período de 2019. Muito desse aumento foi puxado pelo contexto da pandemia de COVID-19, na qual quanto menos contato com aparelhos de uso comum, melhor. Todavia, o aumento do uso dessa funcionalidade e da emissão de cartões que permitam o uso desse recurso também abriu uma oportunidade para os fraudadores.
A fraude pode ocorrer de algumas formas; a maior parte delas sem que sequer a vítima tenha tirado o cartão de dentro da carteira. Um dos golpes mais aplicados é o que se aproveita do grande fluxo de pessoas em estações de trens e terminais de ônibus, onde o fraudador precisa apenas “pescar” um cartão que esteja posicionado em bolsos laterais e aproximar sua máquina de cartões para fazer uma cobrança. Grande parte dessas tentativas são de valores inferiores a R$ 50,00, pelo fato de que a maioria dos meios de pagamento não pedem um segundo fator de autenticação (como a senha do cartão) para efetivar a transação.
Outro golpe popular funciona de forma parecida, porém em eventos. Durante o carnaval de 2020, tivemos diversos relatos de pessoas que foram “esbarradas” ao longo de sua comemoração, e só se deram conta da transação dias depois ao olhar o extrato da conta do cartão de crédito/débito.
Como se precaver de golpes como esses? Existem algumas boas práticas para tornar a utilização dessa função mais segura:
- Capas de cartão com bloqueio RFID: já é comum ver anúncios de capas para cartão de crédito/débito que bloqueiam a frequência que permite que o cartão se “comunique” com a máquina de cobrança, dessa forma, garantindo a segurança de que não haverá transação fraudulenta independente de onde ele esteja guardado. Cobranças só poderão ser efetuadas quando o cartão for removido da capa para uso.
- Bolsas e carteiras com bloqueio de RFID: funcionam com o mesmo princípio das capas para cartão. Ou seja, nenhuma onda de sinal entra em contato com o cartão enquanto ele não for desembolsado pelo dono.
- Ativação e desativação no app do emissor do cartão: uma boa prática é utilizar o recurso de ativar e desativar a função RFID diretamente no aplicativo da emissora do cartão, de acordo com a necessidade de uso.
- Atenção na transação: é importante manter o cartão sempre em mãos, visto que a aproximação tem como objetivo um maior controle do seu cartão, não sendo necessário entregá-lo a terceiros para que seja inserido na máquina.
Seguindo essas dicas, a experiência com o pagamento por aproximação certamente será mais segura e tranquila. A comodidade de não precisar entregar o cartão a terceiros ou digitar uma senha é super válida, mas, para ter uma boa usabilidade, é importante estar atento para não se tornar mais uma vítima.
*Bruno Ribeiro é Account Manager da Etek NovaRed Brasil